“O artista tem um papel fundamental na inclusão social”

Abre aspas

“O artista tem um papel fundamental na inclusão social”

A arte sempre esteve presente na vida de Franciele de Souza, 23. Era a sua disciplina favorita na escola e passatempo nas horas livres. Quando adulta, até tentou escolher outra área, mas voltou ao mundo artístico. Moradora de Arroio do Meio, a empreendedora é especialista em “lettering”, arte em paredes e também em produtos personalizados

“O artista tem um papel fundamental na inclusão social”
Foto: Arquivo pessoal
Vale do Taquari

Quando se deu conta que levava jeito para a arte?
Desde criança a arte sempre foi algo que me chamou atenção. A aula de artes era a minha preferida na escola. Até tentei outra área, mas meu coração sempre me trazia de volta a este mundo. Cursei um ano de Técnico em Edificações, até me dar conta que estava no curso errado. Com 18 anos trabalhei como funcionaria em uma empresa, e fazia trabalhos artísticos fora do horário de trabalho. Quadros, retratos, algumas artes em paredes. Então vi potencial para isso se tornar o meu trabalho.

Quando viu que dava para tornar isto o seu trabalho?
Depois de desistir do curso técnico comecei a procurar sobre a graduação de Design e me inscrevi. Mantive assim por três anos: Trabalhando em horário comercial com carteira assinada, estudando a noite e fazendo algumas artes fora do horário de trabalho e em finais de semana. Até que em setembro do ano passado eu decidi empreender nesse mundo da arte. No começo estava bem insegura, já que é um ramo não muito popular. Agora, depois de um ano, estou segura de que estou fazendo o que amo e alcançando mais pessoas com a minha arte.

O que a levou ao lettering e às pinturas?
O lettering entrou quase sem querer na minha vida. Eu fazia quadrinhos com frases à mão livre, no começo sem me preocupar muito em como distribuir a frase. Só depois que me dei conta que isso era lettering e comecei a me preocupar com as fontes e os materiais para aperfeiçoar essa técnica. Treinei muito. Fiz alguns cursos pela internet, workshops e tudo que poderia me ajudar a melhorar. As artes em parede sempre foram o meu principal foco, mas também passei a fazer produtos personalizados. Todos a mão livre, com tinta e marcadores.

Como define a sua arte?
É expressão, forma de pensar e sentir não somente para mim, mas para quem recebe ou admira. O meu intuito é oferecer arte para que seja única a quem recebe. A arte em paredes reúne pessoas, motiva a interação, é personalizado, deixa o ambiente mais divertido e o mais especial: é feito a mão, nenhuma máquina pode substituir.

Qual o trabalho que mais lhe deu orgulho?
É difícil responder essa pergunta pois teve vários momentos em que eu me deparei com um desafio, a mão tremendo e aquela dúvida: “será que eu consigo?”. Depois de pronto é inevitável o orgulho que a gente sente. Muitas pessoas acreditaram em mim no começo, e isso foi fundamental. Uma das paredes mais desafiadoras para mim no começo foi a do Restaurante Casa do Sabor, em Estrela, por ser grande e por ser em um estabelecimento. O proprietário, que hoje também posso chamar de amigo, acreditou muito em mim e até hoje, em outros restaurantes que ele inaugurou, a minha arte está presente.

Qual o papel do artista na sociedade contemporânea?
Eu acredito que o artista tem um papel fundamental na inclusão social, no desenvolvimento intelectual das pessoas e principalmente na cultura.

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