O médico pediatra João Paulo Weiand, participou de entrevista no programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, na manhã desta sexta-feira, 10, quando falou sobre os casos de coronavírus em crianças.
Weiand diz que há mais doenças comuns da época sendo tratadas do que casos de Covid-19, que foram baixos nesse público. “A criança não está sendo um grande corredor do vírus. Estamos com três meses da retomada das aulas e isso se comprovou. Hoje, os consultórios pediátricos estão cheios de doenças de inverno.”
Há um surto da doença viral de mão-pé-boca. O pediatra explica que aparecem lesões na cavidade oral, provoca perda de apetite e causa lesões na palma da mão e do pé, sendo semelhante a uma catapora. “Outra coisa que percebemos é que as crianças com o rinovírus não deixam o coronavírus penetrar. Ou seja, a secreção que o nariz elimina protege mucosa.”
É comum no inverno que crianças apresentem um quadro viral a cada 15 dias. “No Rio Grande do Sul é considerado normal passarem por um quadro respiratório até 12 vezes por ano”, salienta.
O médico também falou sobre o avanço para a fase 3 dos testes para vacinas em crianças. Neste momento, acredita que não se deva vacinar o público, tendo em vista que a incidência da Covid-19 é baixa nos pequenos. Ele considera, com os avanços dos estudos, que isso possa acontecer. Agora, reconhece que a Coronavac é a mais segura para ser aplicada nesse público.
Nesse momento ainda não. Eu não consigo imaginar pra crianças pequenas, na faixa pediátrica, um efeito benefício da vacina. Talvez com os elementos novos do estudo seja vista a importância de vacinar as crianças.