A produção de riquezas no Estado cresceu 2,5% nos meses de abril, maio e junho. É o que mostra o Departamento de Economia e Estatística (DEE). Quando se compara ao mesmo período do ano passado, a taxa de crescimento foi de 27,7%. Os dados foram apresentados na tarde de ontem pela Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG).
Em ambas as análises, as taxas do Estado superam o desempenho registrado no país (-0,1% no segundo trimestre de 2021 e de 12,4% na comparação com o ano passado). Os destaques foram a Agropecuária (avanço de 5,6%), e o setor de Serviços (1%) na comparação com o primeiro trimestre de 2021.
A economista e professora da Univates, Cintia Agostini, avalia o avanço do PIB gaúcho acima dos resultados nacionais estão ligados a severa estiagem no Centro-Oeste e no Sudeste do país. “Não tivemos seca neste período. Enquanto falta para eles grãos, nos estamos vendendo e exportando.”
Diante da falta de produtos na região central do Brasil, abre-se oportunidades de negócios. E o Vale do Taquari é beneficiado por isso, estima Cintia. “O agro é um diferencial da nossa região. Essa condição faz com que tenhamos maior dinamicidade econômica neste momento de dificuldade. O momento é favorável para nós”, destaca.
Para a coordenadora da Divisão de Análise Econômica do DEE, Vanessa Sulzbach, os resultados acumulados do ano no RS foram reflexo da recuperação após a estiagem do fim de 2019 e primeiros meses de 2020.
Em que pese o avanço no setor de serviços e agropecuária, a indústria gaúcha fechou o trimestre com redução de 4,6%. O dado negativo tem relação com a pouca oferta de insumos à produção.
Comparação com 2020
Na análise do segundo trimestre de 2020 com o mesmo período de deste ano, a agropecuária teve uma alta de 103,7%. A indústria cresceu 21,2%. Já os serviços tiveram alta de 9,3%. Pelos dados da DEE, os números comprovam a retomada produtiva, tendo em vista que o segundo trimestre de 2020 sofreu interferência das restrições devido a covid-19.
Os destaques do período são as produções de soja, máquinas e equipamentos, calçados, produtos de metal, além das vendas de veículos, artigos de uso pessoal e doméstico, roupas e calçados.