Uma tradição chinesa agora também ganha espaço na horta da comunidade São Francisco de Assis de Boa Esperança Baixa, em Cruzeiro do Sul. Um “relógio de plantas medicinais” está na fase final de construção.
Uma das fundadoras e integrantes da comunidade, Oldi Helena Jantsch, e o técnico agrícola Maurício Queiroz explicam que a ideia do relógio é indicar qual o melhor horário para consumir cada um dos chás, assim como qual órgão do corpo humano ele vai ajudar.
No mesmo local, a estrutura vai dividir espaço com uma horta de verduras e legumes. Esta é mais uma iniciativa do projeto chamado “Mais Hortas”, lançado em 2017 pela comunidade.
Entre os seus objetivos, está aliar práticas sustentáveis e ecológicas, incentivar o cuidado com o meio ambiente e cuidar da saúde dos seres humanos. “Entendemos que comida é saúde. Por isso precisamos produzir alimentos saudáveis. Como não usamos agrotóxicos, ajudamos a natureza e as pessoas”, diz dona Oldi.
Plantas medicinais são cultivadas sem o uso de agrotóxicos (Foto: Bianca Mallmann)
Plantação das mudas ocorre na segunda
Nesta semana, o grupo finaliza os últimos detalhes da estrutura do relógio, como a delimitação das áreas onde cada uma das plantas vai ser colocada. Na próxima segunda-feira, 13, as 15 agricultoras e integrantes do projeto se reúnem para plantar as mudas e dar início à produção coletiva.
No momento em que as plantas estiverem prontas para serem colhidas, a ideia é que elas estejam à disposição de toda a comunidade. Tanto para consumo, como para tirar dali uma muda e plantar na própria residência, para dar continuidade à iniciativa. “Queremos incentivar a produção orgânica e de produtos diversificados”.
Objetivo é incentivar tanto as pessoas que já têm uma horta em casa, quanto aquelas que não. “Queremos que a comunidade se sinta inspirada a começar algo novo, ou melhorar e fortalecer aquilo que já fazem em casa”.
A escolha e indicação das espécies que serão utilizadas no relógio são feitas pela Emater.
Capacitação
Para levar informação e capacitar a comunidade a como plantar e consumir cada uma das espécies, a comunidade vai ofertar oficinas com profissionais da Emater.
“Esse relógio de plantas medicinais é como se fosse um livro, uma sala de aula. Precisamos levar tudo o que ele tem de bom para nossos jovens e gricultores”.
O projeto conta com a parceria das famílias de agricultores da comunidade, da Comissão Pastoral da Terra, da escola de Jovens Rurais da Ação Social Diocesana de Santa Cruz do Sul, da Emater, da Prefeitura Municipal e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais-STR.
