“São pessoas que querem o bem do país, e não a destruição dele”

ENTREVISTA

“São pessoas que querem o bem do país, e não a destruição dele”

Cientista político Fredi Camargo analisa as manifestações que ocorrem nesta terça-feira em todo o país, favoráveis e contrárias ao presidente da república

“São pessoas que querem o bem do país, e não a destruição dele”
Crédito: Mateus Souza
Vale do Taquari

O feriado de 7 de Setembro, dia da Independência do Brasil, é marcado por manifestações em todo o país. Há protestos em defesa do presidente Jair Bolsonaro e também movimentos contrários ao mandatário da república.

O cientista político Fredi Camargo, participou do programa “Frente & Verso”, na Rádio A Hora 102,9, na manhã desta terça-feira, e analisa os movimentos. Para ele, trata-se de um 7 de Setembro diferente em relação aos últimos anos.”É um dia cheio de expectativas, com manifestações de todos os lados. Creio eu, são pessoas que querem o bem do país, e não a destruição dele”, afirma.

Na comparação com outros períodos, Camargo entende que o Brasil vive um dos maiores períodos democráticos desde a Proclamação da República. “E temos um diferencial, na nossa época, que é a informação disponível de forma instantânea às pessoas. Hoje as manifestações são provocadas mais facilmente por causa dessa ferramenta. Claro, há o trabalho de averiguar o que é e o que não é verdade, e o que é fantasiado pelos torcedores de cada um dos lados”, aponta.

Camargo ressalta a importância de existir um respeito mútuo entre os três poderes, e lembra que já existiram conflitos no passado, mas com pouco envolvimento do Poder Judiciário. “Tivemos momentos de tensão entre Executivo e Legislativo, e dois impeachments de presidentes. Mas não houve ruptura institucional e constitucional nas duas ocasiões. Hoje, temos um ator diferente, que é o Judiciário com mais protagonismo. Nunca esteve tão em evidência como hoje”, afirma.

Participação

Camargo também elogia a maior participação da população na política nos últimos anos, o que mudou o antigo pensamento de que só havia envolvimento em época de eleição. “As pessoas estão despertando para a política, viram que não basta participar somente em eleições, e sim em todos os períodos”, avalia.

Para ele, é necessário envolvimento comunitário em clubes, entidades, associações de bairros e conselhos municipais. “É preciso participar efetivamente da nossa comunidade. Só assim conseguiremos resolver problemas”.

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