Rotary Lajeado estuda criar banco de alimentos

Solidariedade

Rotary Lajeado estuda criar banco de alimentos

Objetivo do projeto é garantir melhor distribuição das doações, para suprir demandas e evitar excessos nas entidades sociais do município

Rotary Lajeado estuda criar banco de alimentos
Vovolar é uma das entidades interessadas em participar da central de alimentos do município / Crédito: Renata Lohmann
Lajeado

Arroz, feijão, massa, farinha. Esses são alguns dos alimentos destinados a entidades sociais todos os meses. No entanto, para que eles sejam distribuídos de acordo com as necessidades e para evitar desperdício, o Rotary Club de Lajeado estuda a possibilidade de criar uma central de alimentos solidária no município.

O atual presidente do clube, Airton Paulo Bernhard, destaca que nem sempre o que é doado a uma organização é o que ela precisa. “Muitas vezes acaba sobrando alimentos e faltando outros. Nesse ponto, queremos que possa haver uma distribuição mais uniforme desses produtos, centralizando em um espaço só”, ressalta.

Pensado faz pouco mais de uma semana, o projeto ainda não tem nome, mas um grupo de WhatsApp foi criado com as entidades interessadas. A ideia é que esse seja o canal de comunicação do espaço. Assim, além da retirada de produtos, quando sobra um determinado alimento, as instituições também podem informar outros lares e fazer a distribuição.

O grupo agora pensa em um local para viabilizar o projeto. “Vamos ver com a prefeitura, talvez algum empresário ou mesmo uma entidade de Lajeado disponha de um espaço para começarmos”, destaca Bernhard.

A ideia é que qualquer entidade possa se inscrever na central de alimentos. Basta ser uma organização sem fins lucrativos. No momento, há sete interessadas, entre elas, a Vovolar, Casa de Passagem de Lajeado, Lar São Chico, Saidan, Movimento Move Mães e o próprio Cras. Outras instituições também podem entrar em contato com o Rotary por meio do número (51) 98159-8944.

Do excesso à necessidade

A coordenadora da Vovolar, Glaci Garcia, conta que o lar recebe muitas doações de massa, arroz e feijão. Por outro lado, possuem a necessidade de alimentos não perecíveis. A ideia é que a central também possa distribuir produtos como leite, margarina, queijo ou presunto. Ou mesmo que haja a troca por carnes e outras proteínas.

Quando algum alimento está próximo do prazo de validade e não é consumido na entidade, Glaci os distribui para famílias, para uma creche próxima ou para funcionárias. Com o projeto do Rotary, ela acredita que mais pessoas possam ser beneficiadas pelas doações.

“Acredito que vai dar certo, porque todo mundo está com dificuldade, principalmente agora, com o preço dos alimentos subindo”, destaca a coordenadora.

Apoio e acessibilidade

Além da distribuição, o Rotary busca, com o projeto, também levar conhecimento e incentivar mudanças. “Temos que cuidar para não criar famílias dependentes das cestas básicas. Não queremos apenas doar alimento, mas também pensar em como ajudar essas pessoas, levar informação, mostrar que se pode fazer de outra maneira”, destaca Bernhard.

Ele diz que esta é uma semente plantada pelo clube que ainda deve ser regada e aparada. O objetivo é atender todas as instituições sociais que solicitarem o serviço. “Criar um padrão, hoje, nos limita. Muitas entidades não podem ter uma cozinha com azulejos, um freezer. Não queremos distribuir apenas para quem se enquadra em um padrão”, reforça.

Por isso, a central de alimentos buscará fazer com que os alimentos cheguem onde precisam, seja em pequena ou grandes instituições, lares de idosos, abrigos ou creches. Bernhard acredita que o Rotary não faz apenas doações, mas tem papel de criar oportunidades e encontrar soluções para as necessidades da comunidade.

“Os clubes são facilitadores de tudo isso”, ressalta. O presidente está otimista e acredita que o projeto vai funcionar no município.

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