Setembro começa e traz com ele conscientização. Ele é amarelo e verde, não porque é o mês da independência. Verde pelo incentivo à doação de órgão, e amarelo em prevenção ao suicídio. Nesse momento, começam as campanhas, são espalhados cartazes, são feitas homenagens, é aberta uma rede de apoio e diálogo.
Ao chegar outubro, nos vestimos de rosa para falar sobre a prevenção ao câncer de mama. Depois vem o novembro azul, o dezembro vermelho. E, assim, a gente esquece de setembro e de todos os meses anteriores.
Passam ciclos e começam outros, mas as doenças não acabam em um mês. Os pacientes continuam em tratamento. As consultas preventivas seguem sendo importantes, e salvando vidas. Os bancos do estado e região continuam precisando de sangue e de doação de órgãos.
Por mais que as campanhas terminem e fiquem para o próximo ano, elas devem ser lembradas todos os dias. Que bom seria se os meses fossem, também, coloridos. Assim, não nos esqueceríamos dos cuidados de saúde que mudam a nossa e a vida de tantas pessoas ao nosso redor.
Hábito. Acho que esse é o segredo. Assim como sabemos que precisamos tomar água todos os dias e nos alimentar bem, que a gente possa lembrar de observar a vida de outras pessoas ao nosso redor. Assim como a gente lembra de buscar um médico quando o nosso corpo precisa de ajuda, que a gente também possa ajudar o próximo, mesmo quando não sentimos a sua dor.
Quando criamos o hábito, fazemos nossos dias coloridos, e também damos vida a setembro, mesmo quando o outubro chega. E vice e versa. Assim, vivemos em constante processo de empatia, e enchemos os bancos de saúde com vida e amor.
Boa leitura!