Que seja setembro todos os dias do ano

Opinião

Bibiana Faleiro

Bibiana Faleiro

Jornalista

Colunista do Caderno Você

Que seja setembro todos os dias do ano

Vale do Taquari

Setembro começa e traz com ele conscientização. Ele é amarelo e verde, não porque é o mês da independência. Verde pelo incentivo à doação de órgão, e amarelo em prevenção ao suicídio. Nesse momento, começam as campanhas, são espalhados cartazes, são feitas homenagens, é aberta uma rede de apoio e diálogo.

Ao chegar outubro, nos vestimos de rosa para falar sobre a prevenção ao câncer de mama. Depois vem o novembro azul, o dezembro vermelho. E, assim, a gente esquece de setembro e de todos os meses anteriores.

Passam ciclos e começam outros, mas as doenças não acabam em um mês. Os pacientes continuam em tratamento. As consultas preventivas seguem sendo importantes, e salvando vidas. Os bancos do estado e região continuam precisando de sangue e de doação de órgãos.

Por mais que as campanhas terminem e fiquem para o próximo ano, elas devem ser lembradas todos os dias. Que bom seria se os meses fossem, também, coloridos. Assim, não nos esqueceríamos dos cuidados de saúde que mudam a nossa e a vida de tantas pessoas ao nosso redor.

Hábito. Acho que esse é o segredo. Assim como sabemos que precisamos tomar água todos os dias e nos alimentar bem, que a gente possa lembrar de observar a vida de outras pessoas ao nosso redor. Assim como a gente lembra de buscar um médico quando o nosso corpo precisa de ajuda, que a gente também possa ajudar o próximo, mesmo quando não sentimos a sua dor.

Quando criamos o hábito, fazemos nossos dias coloridos, e também damos vida a setembro, mesmo quando o outubro chega. E vice e versa. Assim, vivemos em constante processo de empatia, e enchemos os bancos de saúde com vida e amor.

Boa leitura!

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