Um rumo para a mão de obra regional

Opinião

Fernando Weiss

Fernando Weiss

Diretor editorial e de produtos

Coluna aborda política e cotidiano sob um olhar crítico e abrangente

Um rumo para a mão de obra regional

O drama da insuficiência de mão de obra regional está cada vez mais latente e forma um instigante paradoxo. Faltam profissionais em quase todas as áreas e empresas. Ao mesmo tempo – e aqui o paradoxo – sobram currículos em todas as instituições. Mas afinal, qual é o motivo deste hiato entre os que contratam e os desejam ser contratados.

No que apostar? Em que investir? O que estudar? Onde me preparar? Como aproveitar as oportunidades e onde elas estão? Perguntas que ficam sem respostas devido à insuficiência de informações e dados das empresas e das pessoas.

Por assim ser, diagnosticar com clareza e precisão as carências das empresas de um modo geral e também as perspectivas dos jovens que acessam o mercado de trabalho é imperioso para promover ações capazes de preparar mais e melhor as pessoas. “RUMO, o futuro da mão de obra no Vale” se apresenta com este propósito: servir de apoio para qualificarmos nossa mão de obra e levar informações aos estudantes para que possam aproveitar e se preparar para as oportunidades que passam “encilhadas”.

Trata-se de um levantamento inédito sobre o futuro da mão de obra no Vale em todas as áreas. Pesquisas com empresários para detalhar as principais carências verificadas na hora de contratar profissionais e, também, saber quais os setores mais promissores nas empresas da região. Pesquisa com estudantes do ensino médio, para saber o que e onde pensam em se preparar, estudar e qualificar. Será que as duas coisas estão conectadas? Se sim, como potencializar. Senão, como conectar.

Os detalhes do projeto serão apresentados pelo Grupo A Hora e os respectivos parceiros ao longo de setembro. Além das pesquisas, o projeto integra seminários, debates e conteúdos especiais nos próximos 12 meses.


De Canela para Encantado

Vem da Serra Gaúcha o gestor do Cristo Protetor de Encantado. O turismólogo Fabrício de Medeiros Medeiros, 42, assume a missão de coordenar a conclusão do monumento e o entorno do empreendimento turístico do Vale do Taquari. Experiência na área não lhe falta. Professor universitário, ex-secretário de turismo de Gravatal, gerenciou hotéis, prestou consultorias para várias áreas do turismo e, em 2019, assumiu a gestão do Skyglass Canela, a primeira plataforma de aço e vidro da América Latina e que virou o novo chamariz de Canela.

Ele assume a gestão do Cristo Protetor a partir deste mês de setembro, e a primeira tarefa é auxiliar a Associação Amigos do Cristo a arrecadar o valor ainda necessário para conclusão do monumento. Ao mesmo tempo, preparar o entorno e promover os investimentos e atrativos necessários para que Encantado e a região de Vale, de fato, aproveitem o fenômeno do Cristo para ocupar de vez um espaço de destaque no turismo mundial.


A semana que foi

Comércio em Lajeado – “O não assunto” tem sido o principal assunto em Lajeado. Sindicato dos comerciários e entidades classistas travam queda de braço para ver quem convence mais vereadores a aprovar o projeto que permite liberar o comércio lajeadense a abrir em domingos e feriados, tal qual ocorre na maioria das cidades gaúchas e regionais.

Morte na BR-386 – Dois meses é o intervalo de uma tragédia da outra em locais com menos de 500 metros de distância. Os dois deixam evidente a necessidade de haver um muro ou barreira que separe as duas pistas, a fim de evitar cruzamentos pelo canteiro central. Isso não é garantia de que não haverá acidentes fatais, mas ao evitar a colisão frontal, o risco diminui de forma expressiva.


A semana que vem

Expointer – A maior feira do agronegócio da América Latina abre neste sábado, dia 4. 15 mil visitantes diários é o limite estabelecido pela comissão organizadora. O total nos oito dias de evento deve chegar a 135 mil pessoas, ainda pouco diante dos mais de 400 mil que foram ao evento em 2019. Ainda assim, a Expointer 2021 é carregada de simbologia para uma sociedade que não sabe o que é ir em eventos deste porte há quase dois anos.

7 de setembro – Anunciam-se manifestações por todo o país na próxima terça-feira. Manifestar, protestar e cobrar sempre fez e fará parte do modelo democrático de sociedade, desde que de forma ordeira e pacífica. A liberdade de expressão é uma das grandes conquistas da sociedade contemporânea, independentemente de ideologia. Toda manifestação pública é um ato democrático, desde que não descambe para a violência e o radicalismo.

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