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O menor número de nascimentos e aumento das mortes em 2020 no RS comprovam o menor crescimento vegetativo desde o início da série histórica, tabulada em 2020. Os dados do Departamento Estadual de Economia e Estatística (DEE) dão uma amostra do impacto da pandemia nos movimentos populacionais.
O Vale do Taquari teve uma relação diferente do geral no estado. Houve crescimento no número de habitantes. Muito puxado pela dinâmica econômica, em especial de Lajeado. Enquanto a Região Metropolitana fechou oportunidades, na região houve mais estabilidade em termos de empregabilidade. Também se destaca o fato das mulheres seguirem como a maioria da população gaúcha. Representam 51,3% dos habitantes.
Junto com isso, as análises populacionais trazem ainda a confirmação de envelhecimento dos gaúchos. De fato, hoje há um movimento de avanço no número de pessoas acima de 60 anos. As projeções do Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE) já demonstravam a virada no perfil da população gaúcha.
Na região, essa tendência se acentua, em especial nos municípios de pequeno porte. O aumento da longevidade e as profundas mudanças no comportamento das pessoas, especialmente das famílias, que hoje optam por terem menos filhos, reforçam a tendência progressiva de envelhecimento.
Estado, municípios e a sociedade estão diante de um desafio. A transformação muda as necessidades em termos de políticas públicas. Frente às estimativas, de que o total de idosos tende a triplicar nos próximos 40 anos, é fundamental redirecionar os investimentos dos governos. Seja no atendimento diferenciado em saúde, em programas de bem-estar, lazer e entretenimento.
Esse envelhecimento demográfico é complexo e traz análises distintas. Tanto do ponto de vista da melhoria na qualidade de vida, quanto dos questionamentos de como auxiliar na formação profissional e na geração de postos de trabalho para essa faixa etária.
