Quando e como foram os primeiros sintomas?
Percebi os primeiros sintomas em setembro de 2012, tinha 32 anos. Senti um nódulo na mama enquanto estava no banho. Procurei um ginecologista, que me encaminhou para fazer uma mamografia. Não época eu não tinha idade para que esses exame fossem encaixados na rotina.
Após a mamografia, tive que fazer uma biópsia para saber do que se tratava aquele nódulo. Minha irmã me acompanhou em todos esses processos.
O que sentiu quando recebeu o diagnóstico?
Recebi o diagnóstico no dia 3 de outubro, dia do meu aniversário. Foi a pior notícia da minha vida. Fui diagnosticada com um carcinoma, o câncer de mama. Ao receber a notícia, pensei que iria morrer. Parecia que o mundo ia desabar em cima de mim e chorei muito naquele dia, mas não perdi as esperanças. Para mim, a palavra câncer significava uma sentença de morte.
Em alguns dias seria a festa de aniversário do meu filho também, que fez três aninhos na época. A comemoração já estava marcada e toda organizada. A doutora disse que eu poderia fazer a festa, mas aconselhou que a festa fosse antecipada, pois logo iria iniciar o tratamento.
Quanto tempo durou o tratamento?
Como descobri a doença no início, consegui fazer a cirurgia para retirada do nódulo em 21 de novembro de 2012. O nódulo tinha seis centímetros de diâmetro. Também fiz sessões de radioterapia e medicação via oral e não foram necessárias sessões de quimioterapia. Recebi alta esta semana, depois de nove anos de tratamento e acompanhamento oncológico. Com certeza a maior alegria da minha vida.
O que mudou na vida desde esse momento?
Nunca me passou pela cabeça que eu poderia passar por isso. Tive que lidar com algumas restrições, pois a área tratada pela radioterapia ficava muito sensível. Durante dois anos não pude frequentar praia e piscinas e não podia pegar sol.
O que foi fundamental para superar o câncer?
O meu filho foi minha maior motivação, olhava para ele e pensava que ele não poderia ficar sem a mãe. É fundamental ter em mente que não podemos desistir, temos que lutar e lutar. Temos também quer ter muita fé em Deus. Hoje falo para as pessoas que se um dia passarem pelo que passei, ficarem tranquilas, mesmo sabendo que é difícil. A medicina está muito avançada e com certeza Lajeado, HBB e médicos estão completamente aptos a lidarem com essa doença.
Como é sua vida hoje?
Hoje eu simplesmente vivo a vida, com medo, mas também com fé em Deus. Mesmo com a alta do tratamento tenho que manter alguns cuidados, como alimentação balanceada, continuar fazendo exames e indo ao médico, tenho que continuar me cuidando. Hoje tenho muita gratidão por ter conseguido superar esse momento, uma alegria que não cabe em meu peito, é tudo inexplicável.