Sociedade busca explicações após briga em posto

EM ENCANTADO

Sociedade busca explicações após briga em posto

Imagens da confusão ganham repercussão nacional. Polícia Civil abre inquérito para apurar o cumprimento das medidas de distanciamento e venda de bebidas alcoólicas a menores

Sociedade busca explicações após briga em posto
Episódio aconteceu na madrugada desse domingo. Pelo menos 15 pessoas teriam participado. Vídeos de celulares mostram a briga e um grupo atirando cadeiras em outros rapazes. Vidro do estabelecimento foi atingido e trincou (foto: reprodução/redes sociais)
Encantado

O quebra-quebra na loja de conveniências de um posto de combustíveis no centro da cidade acendeu o alerta em Encantado. Os atos de violência aconteceram entre a noite de sábado e madrugada de domingo.

A briga generalizada foi gravada e as imagens ganharam dimensão nas redes sociais por todo o país. Do episódio, surge uma série de questionamentos. Entre as quais: a necessidade de patrulhamento ostensivo em pontos de encontro noturnos, fiscalização sobre venda e consumo de bebidas alcoólicas para adolescentes e o cumprimento das regras de distanciamento social.

Frente aos acontecimentos, a segunda-feira foi de reuniões entre representantes do Conselho Pró-Segurança Pública (Consepro), polícias e governo municipal. Tanto que a Polícia Civil (PC) busca identificar os participantes do episódio e também se há outros crimes envolvidos.

“Quando tomamos conhecimento, na manhã de domingo, decidimos abrir um inquérito de ofício. O mais normal é investigar a partir da ocorrência, a partir do relato da vítima”, explica o delegado Augusto Cavalheiro.

De acordo com ele, para além de buscar a responsabilização dos agressores, por dano ao patrimônio e lesões, é necessário aprofundar a apuração. “Temos questões sanitárias devido a covid. Junto com isso o consumo de bebidas por adolescentes. Em cima disso, precisamos saber se foi uma briga de bar, por motivação fútil, ou se há outra vinculação com algum grupo criminoso”, frisa o delegado.

Ninguém procurou a polícia para o registro do fato. Até o fim da manhã dessa segunda-feira, nem mesmo o proprietário do posto de combustíveis havia feito o Boletim de Ocorrências.

Quatro identificados

Havia pelo menos 60 pessoas no posto naquela madrugada. Com base na análise das gravações, pelo menos 15 teriam participado dos atos de agressão e vandalismo. Deste total, quatro já tiveram a identidade confirmada, diz a polícia.

Os atos começaram com um grupo atirando cadeiras sobre os outros. Em seguida foram usadas garrafas. O assunto também será levado ao Ministério Público, diz Cavalheiro. “Vamos mandar uma mensagem bem clara, tanto aos envolvidos quanto à sociedade: fatos como esses não são tolerados.”

Mais efetivo à BM

A Brigada Militar precisou deslocar efetivo de outras cidades para ir até o posto de gasolina. Devido ao tempo de deslocamento, quando a guarnição chegou ao estabelecimento, os envolvidos nas agressões já não estavam mais.

“Por vezes, a nossa cidade tem dois brigadianos no fim de semana. E eles tem de atender ainda os municípios vizinhos. Precisamos de reforço”, cobra o presidente do Consepro, Victório Alba. Inclusive relembra que essa demanda foi motivo de reunião com representantes do governo estadual.

“Entendemos as dificuldades do comando aqui. Mesmo assim, nos pontos de encontro, onde tem gente consumindo bebidas, tem de ter uma viatura ali, até mesmo para prevenir alguma confusão”, acredita.

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