Audiência reforça posição contra pedágio

Plano de concessões

Audiência reforça posição contra pedágio

Comunidade de Encantado reitera pedido para mudança no local de cobrança em Palmas. Estudos de consultoria externa alertam para prejuízos à economia da região alta. Estado não participou de reunião

Audiência reforça posição contra pedágio
Audiência na noite de ontem ocorreu no Auditório do Sicredi. Estado se comprometeu em entregar as respostas sobre pedidos de mudanças nos próximos dias (foto: divulgação)
Encantado

Em audiência na noite de ontem, representantes empresariais, da sociedade civil organizada e agentes públicos de Encantado voltaram a manifestar preocupação com os impactos do plano de concessões das rodovias do estado.

De consolidado, a comunidade local sustenta o pedido de encerramento da cobrança no ponto. Uma das sugestões é instalar a praça no limite com Arroio do Meio. Conforme a presidente da Associação Comercial e Industrial (Aci-E), Cristina Castoldi, a cobrança em Palmas é injusta pois separa o município e interfere sobre os deslocamentos internos. Além disso, interfere sobre a competitividade das empresas.

“Já contribuímos por mais de 20 anos e não tivemos retorno em termos de investimentos. Para nós, é necessário mudar o ponto de cobrança para onde há mais movimento, mais arrecadação.” A associação chegou a contratar uma consultoria externa para analisar as obras previstas pelo projeto do Estado. Profissionais da engenharia de trânsito e de rodovias detalharam os impactos em termos de viabilidade, deslocamentos e percursos à comunidade local.

A partir disso, se despertou uma preocupação quanto ao formato dos acessos e rótulas. Chamou atenção o aumento da quilometragem percorrida entre as comunidades vizinhas à praça, como Palmas, Linha Nova e Perolin.

Para ir ao centro, algumas terão de fazer o retorno em direção a Arroio do Meio e pagar o pedágio. Além do custo da tarifa, o aumento na quilometragem. Essas condições faz com que moradores de Perolin, por exemplo, tenham um aumento de deslocamento entre a localidade e o centro em mais de seis quilômetros.

As concessões das rodovias gaúchas fazem parte do Avançar RS. No programa constam investimentos em duplicações, ampliação de pistas, rótulas e intersecções. São mais de 1,1 mil quilômetros, com expectativa de aplicar R$ 10,4 bilhões em três décadas.
As rodovias do Vale (ERSs 128, 129, 130 e 453) aparecem no lote 2 junto com estradas de Passo Fundo, Carazinho até Santa Cruz do Sul. Nestes trechos, seriam R$ 3,9 bi de investimentos.

Espera por respostas

O governo do Estado pretende lançar o edital final do plano de concessão até o fim de setembro. O prazo foi revisto devido ao alto número de pedidos e sugestões de mudanças no projeto inicial. Foram mais de 500 contribuições.

As respostas, organizadas pelo quadro técnico da Secretaria de Parcerias Estratégicas, são aguardadas para os próximos dias. “Ao que parece, a outorga será revista mesmo”, acredita o presidente do Conselho de Desenvolvimento da região (Codevat), Luciano Moresco.

Em termos regionais, a posição é favorável à concessão, desde que não haja a outorga, que se antecipe a duplicação da ERS-130, entre Encantado a Lajeado e também se crie um conselho comunitário de usuários, diz Moresco.

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