Os vereadores Lorival Silveira, Deoli Gräff e Paula Thomas participaram, nesta sexta-feira, 27, do programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, para divulgar uma série de atividades alusivas ao Setembro Verde, mês de conscientização sobre a doação de órgãos.
De acordo com os parlamentares, a campanha busca, em especial, divulgar informações sobre a doação de órgãos, para desmistificar o assunto e mostrar que os transplantes salvam vidas.
Silveira é um exemplo da importância da campanha, O vereador passou por um transplante de coração em 2019. “Eu devo minha vida à família que teve o nobre gesto de doar o coração da filha. Acabei criando um vínculo com eles, sou muito grato”, ressalta.
Na programação do Setembro Verde, a abertura está marcada para o dia 31, próxima terça-feira, com a homenagem aos médicos do HBB que fizeram o primeiro transplante de órgãos do hospital ou que fazem parte do serviço na instituição.
O evento inicia às 19h30, no plenário da câmara, com a presença de autoridades, entidades representativas, profissionais da saúde e os homenageados, o urologista Ernany Bender Júnior, e as nefrologistas Rosane Jost Gravina e Nara Pimentel.
O primeiro transplante do HBB
Rosana trabalhava em Estrela quando abriu o primeiro serviço de nefrologia do Vale do Taquari. Quando passou a atuar em Lajeado, tinha o sonho de oferecer transplantes de rins aos pacientes.
Trabalhando no Hospital Bruno Born (HBB), na época, conseguiu o credenciamento para a instituição em 1998. Dois anos depois, ao lado do urologista Ernany Bender e do cirurgião vascular Gibran Ahmad, a equipe montada pela médica fez o primeiro transplante de rins no município.
“Era uma menina de 13 anos que recebeu a doação do pai”, conta Rosana. Depois disso, outros pacientes do serviço de hemodiálise do hospital também passaram pelo procedimento.
De acordo com a profissional, os pacientes aptos a receber o transplante são cadastrados em uma fila e podem esperar cerca de dois a três anos para encontrar um órgão compatível. Por vezes, a espera pode ser menor, em especial quando há um doador vivo. Os transplantes mais comuns são os de rins e córneas.
Como ser um doador
A negativa familiar é um dos principais motivos para que um órgão não seja doado no Brasil. Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), 43% das famílias recusaram a doação de órgãos de seus parentes após a morte encefálica comprovada.
De acordo com Rosana, esse cenário já passa por mudanças, à medida em que há mais esclarecimento sobre o tema. “É sempre importante que as pessoas digam para as famílias que querem ser doadoras. Hoje em dia o pessoal já está mais esclarecido e já informa a doação antes de perguntarmos”, destaca a nefrologista. Quando um órgão é doado no hospital, ele é enviado à Porto Alegre, para a Central de Transplantes.
A profissional ainda destaca a importância da Campanha pelo Setembro Verde movimentada no município. “A doação é um ato solidário de se colocar no lugar do outro e pensar que poderia ser um familiar nosso precisando daquele órgão”, afirma.
Médicos homenageados
- Urologista Ernany Bender Júnior
- Nefrologista Rosane Jost Gravina
- Nefrologista Nara Pimentel