No tatame com um campeão mundial

Artes Marciais

No tatame com um campeão mundial

João Derly participou de seminário com os alunos da Associação de Judô Lajeado

No tatame com um campeão mundial
Em seminário na Ajula, João Derly contou experiências da vida de atleta e dividiu o tatame com os alunos (foto: Caetano Pretto)

Uma das maiores referências em judô do Brasil, o bicampeão mundial João Derly esteve em Lajeado na quinta-feira, 26, para um seminário com os alunos da Associação de Judô Lajeado. Na ocasião, falou de suas vivências no esporte e dividiu o tatame com dezenas de crianças.

O convite foi feito pelo sensei da Ajula, Nelson Sánchez, e integra o programa “Agenda Esportiva do João”, uma série de seminários sobre judô, jiu-jitsu e as artes marciais. O objetivo do projeto é difundir o esporte pelo estado e também mostrar que é possível sair de um tatame gaúcho e ganhar o mundo. Em Lajeado, todas as vagas foram preenchidas.

O sensei Sánchez considera o encontro excepcional para os alunos. “Gostaram muito de, além de conhecer de perto a história do João, poder fazer uma luta com ele e com outros senseis. O que é algo fora da nossa rotina”, comenta.

O seminário foi acompanhado também por diversos pais e interessados em judô. “Fico muito feliz em poder oportunizar novas formas de ensino e qualificação”, complementa Sánchez.


ENTREVISTA – João Derly, bicampeão mundial de judô 

“Por mais simples que seja o tatame, a gente consegue criar grandes atletas”

A Hora: Tens uma ligação especial com Lajeado?

João Derly: É uma cidade que tenho um carinho muito especial. Tenho muitas amizades aqui. Quando deputado, enviei muitos recursos. Agora tenho a felicidade em voltar para cá para matar a saudade do tatame e também mostrar para estas crianças alguns golpes que me consagraram.

Que mensagem você deixa para quem busca a vida no esporte?

Derly: Eu tive minha carreira abreviada pelas lesões. Isso é importante destacar. A vida de um atleta é curta dentro do esporte. Vale a pena a gente focar e se dedicar. Renunciar coisas da nossa vida para alcançar o nosso objetivo.

Consegue separar o João esportista e o político?

Derly: Não tem como. O que me aproximou da política foi o esporte. Na época, em 2011, eu tinha convite da Confederação Brasileira de Judô para participar da comissão técnica. Tinha também contrato para comentar os Jogos Olímpicos de 2012. Fiz essa opção justamente pela falta de representação dentro do cenário político. Mesmo com o ônus da política, onde no momento que tu escolhe um partido tem automaticamente pessoas que te odeiam. Não é fácil lidar, mas é um ambiente extremamente importante.

Como é passar os ensinamentos para as crianças?

Derly: Faço isso desde a época de atleta. Visitava os dojôs e os tatames pelo Brasil passando um pouco da minha vivência no esporte. As pessoas conseguem ver que alguém simples e normal pode conquistar grandes feitos na sua vida. Basta se dedicar e trabalhar para isso. Por mais simples que seja o tatame, a gente consegue criar grandes atletas. Esse é o grande legado do esporte.

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