O governo de Estrela estima em R$ 15 milhões os custos necessários para as reformas e ampliações do Aeródromo Regional de Estrela. O projeto prevê a ampliação e asfaltamento da pista construída quase às margens do Rio Taquari, e também melhorias nos hangares e a consolidação de um Plano de Prevenção aos Incêndios. As adaptações são necessárias para garantir pousos e decolagens de aeronaves maiores. E o principal objetivo é aumentar a movimentação de passageiros e mercadorias, garantindo assim um novo modal viário para o Vale do Taquari.
É um debate antigo. Diversos prefeitos estrelenses já lutaram por causas semelhantes ao longo dos últimos 50 anos (ou mais). Aliás, o assunto já foi motivo de brigas políticas históricas entre representantes dos Executivos de Estrela e Lajeado. Na década de 70, por exemplo, os municípios disputavam a instalação de um Aeródromo Regional. Fato é que o Vale do Taquari tem a aviação no DNA faz décadas e a luta por um espaço adequado para o desenvolvimento do modal, seja para o lazer ou para o crescimento econômico da região, é válida e necessária.
Entretanto, a conta não pode ficar só com o governo de Estrela. A administração acerta ao buscar recursos federais e provocar os governantes. Além disso, as futuras concessões à iniciativa privada devem exigir contrapartidas por parte dos concessionários, em especial no desenvolvimento de novas soluções, no rateio dos custos de manutenção do espaço e nos investimentos em ampliação e melhorias. Hoje, a nobre estrutura ainda está subutilizada. E o seu potencial, apesar dos excelentes avanços nos últimos anos, ainda está adormecido. Mas ele está lá.
Limpeza, Justiça e Repercussão
A manchete de capa de ontem gerou um “deja vu” na sociedade lajeadense: Justiça suspende editais por supostas ilegalidades. A reportagem cita duas licitações para serviços de limpeza urbana (roçadas e varrição) que foram suspensas pela Justiça local (por dois juízes diferentes) em função de suspeitas de irregularidades e suposto direcionamento de editais. Entre 2013 e 2015, o Ministério Público investigou e denunciou fatos semelhantes, e tais fatos tomaram proporções muito maiores na sociedade regional do que hoje em dia. Indiferente disto, algo está errado. E os responsáveis precisam, diferentemente de tempos anteriores, identificar, admitir e apontar as falhas.
Rodoviárias
A primeira tentativa do Estado, de conceder para um novo administrador a rodoviária de Porto Alegre, não surtiu efeito. A licitação estava agendada para quinta-feira, às 14h. Entretanto, nenhuma empresa ou consórcio de empresas apresentou propostas. Em Estrela, a antiga administradora desistiu do contrato. E a crise assola outras tantas estações Vale do Taquari, Estado e Brasil afora.
Concessões e “concessões”
O governo gaúcho ainda não abriu mão da outorga e não apresentou prazos decentes de obras. E o tempo está passando. Enquanto isso, o governo do Paraná apresentou a modelagem das concessões rodoviárias. Além da menor tarifa, que poderá ser até 50% mais baixa que a atual, e da ausência de outorga e limitador de desconto no leilão, a modelagem atende duas outras reivindicações locais: transparência, com o leilão feito na Bolsa de Valores e aberto para participação de investidores de todo o mundo, e garantia de obras rápidas – 90% delas devem ser entregues até o sétimo ano.
Comércio aos domingos
A altíssima busca por vagas de emprego na nova unidade da Lojas Havan é um recheio e tanto para o debate sobre a liberdade do comércio lajeadense. Até o fim da tarde de ontem, mais de 5,1 mil pessoas haviam encaminhado currículos para o setor de Recursos Humanos da empresa do icônico empresário, Luciano Hang, uma empresa reconhecida por abrir as portas aos sábados, domingos e feriados. Mas, e para avalizar e melhor contextualizar o bom debate, é importante verificar o número de desempregados entre os milhares de candidatos. E esse dado não está disponível.
Antes tarde do que mais tarde
O governo de Encantado inicia um trabalho de recuperação dos documentos históricos do município. A iniciativa é da equipe da Casa de Cultura. Até o momento, mais de 80 peças, entre livros, atas, manuscritos, correspondências oficiais e levantamentos de dados já foram recuperados. Além da limpeza de todo o material, tudo será organizado por datas e catalogado. Há documentos que datam de 1906, época em que a cidade ainda pertencia ao território de Lajeado.
A ideia do governo encantadense é disponibilizar os arquivos para a consulta do público e evitar a degradação da história documental do município. Em Lajeado, o governo municipal realiza um movimento semelhante, com a digitalização de todo o Arquivo Histórico Municipal, cujo acervo físico ainda está mal improvisado no segundo andar da Biblioteca Municipal. São dois movimentos importantes e que chegam em tempo.