LAJEADO
Uma régua para fortalecer o monitoramento do nível do Rio Taquari será instalada em Lajeado. O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) visitou ontem o município. O equipamento será instalado na escadaria na Rua Osvaldo Aranha, próximo ao Belvedere Aldino Aloisio Gallas.
A iniciativa surge como reflexo da enchente de julho do ano passado. Na época, o nível do rio ficou duas horas sem leitura. Na análise de especialistas, a falta de informação dificultou a resposta dos órgãos de Defesa Civil.
Hoje, existe também uma régua de medição instalada na mesma região do Rio Taquari, mas no lado de Estrela. Porém, esse aparelho faz o controle de maneira automática e transmite os dados em tempo real para o sistema.
“Se esse equipamento apresentar alguma falha na transmissão dos dados, teremos uma outra forma de obter essas informações. Hoje, ainda não temos a leitura do dado de forma convencional na região”, diz Franco Turco Buffon, gerente de hidrologia e gestão territorial do CPRM.
Serão instaladas diversas réguas ao longo dos degraus da escada. Cada uma delas terá um metro de comprimento. As réguas estarão disponíveis para toda a comunidade acompanhar o avanço do nível do Rio Taquari. O local escolhido para a instalação do equipamento deve ainda receber obras de melhorias.
Prevenção
Segundo o secretário do Planejamento, Urbanismo e Mobilidade (Seplan) de Lajeado, Giancarlo Bervian, a instalação de uma régua é trabalhada pelo município desde o ano passado. Objetivo é melhorar o serviço de prevenção e controle.
“O trabalho prestado pelas nossa defesa civil e pelos bombeiros existe e é forte e certeiro no momento em que temos as informações. Mas precisamos ter essas informações”, diz Bervian ao destacar a importância do projeto para o município monitorar futuras cheias.
O aparelho pode também ajudar o governo a identificar quais as primeiras residências alagáveis em caso de enchentes.
CPRM divulga mapa
O CPRM divulgou um documento em que analisa as áreas mais suscetíveis a eventos como alagamentos e deslizamentos de terra em Lajeado. Equipes do Serviço fizeram um trabalho de campo e avaliaram diferentes áreas do município.
“Esse mapa ajuda no trabalho da defesa civil e também no plano diretor do município. Com esse mapeamento, o município tem noção das áreas mais suscetíveis e pode propor políticas públicas e fazer que essas regiões não sejam ocupadas”, diz Buffon.
As zonas foram classificadas em baixo, médio ou alto risco de suscetibilidade a movimentos gravitacionais de massa ou inundação.
