“Se cada um fizer sua parte, vamos ter um mundo melhor”

Abre Aspas

“Se cada um fizer sua parte, vamos ter um mundo melhor”

O comerciante Candido Roberto dos Santos, 42, é um dos idealizadores do projeto “Nosso campinho”, na Cohab Moinhos, em Lajeado. Há dois anos reestruturou, ao lado de amigos, uma área de lazer no bairro

“Se cada um fizer sua parte, vamos ter um mundo melhor”
(Foto: Divulgação)
Vale do Taquari

Qual é a importância do trabalho voluntário na sua vida?
Considero muito importante, comecei a me dar conta disso depois de adulto. Observei tudo que a pessoa faz, de uma maneira ou outra, acaba voltando para gente. É importante que pessoas façam a sua parte. Se conseguirmos ajudar ao menos uma pessoa na vida, já seremos recompensados.

Desde quando isso nasceu em você?
Isso nasceu na fase adulta. Após fazer uma reflexão de tudo que passei na infância e na adolescência, lembrei das pessoas que me apoiaram na minha vida, que também também faziam trabalhos sociais, pensei que de alguma forma deveria retribuir. Quero fazer algo parecido, como que fizeram comigo. Dar suporte as crianças, incluir elas na sociedade através do esporte, cultura e educação. Dar uma oportunidade à elas para chegar em algum lugar, que sem esse apoio talvez não chegariam.

A preocupação com a cidade é algo que surgiu quando na sua vida?
Temos que ser conscientes que se quisermos mudar o mundo temos que começar por nós, dentro da nossa casa. Temos que estar com nossa casa, nossa família e lugar onde tu vive em ordem para depois dar um passo maior. Após isso vamos conseguir melhorar o bairro, município e as pessoas que moram ao nosso redor vão ganhar com isso. Se cada um fizer sua parte, vamos ter um mundo melhor.

De onde surge a inspiração para desenvolver esses projetos voluntários em prol de uma cidade mais desenvolvida?
Tive uma infância difícil, complicada e o esporte, no caso o futebol, foi o divisor de águas. Tive oportunidade de socializar, me integrar, ter disciplina, aprender a conviver com as pessoas. Acredito que o futebol é muito importante para sociedade para socializar uma criança. Enquanto ela está no esporte, não está na criminalidade.

Para você o que é fazer a diferença?
É fazer algo que futuramente, ou de imediato, vai mudar para melhor a vida de alguém. É dar oportunidade, incentivar e inspirar a fazer algo bom. Isso pra mim é fazer a diferença. Fazer o bem para uma pessoa, para uma criança ou incentivar ela a seguir o caminho correto, no nosso caso através do esporte. Com certeza, enquanto a criança estiver conosco não vai ter um marginal ou traficante ao lado dela para levar ao caminho ruim.

Quais os projetos que você desenvolve na comunidade?
Criamos há dois anos o projeto “Nosso campinho”. Um um grupo de amigos que se criou no bairro, e reestruturou um espaço de terra batida com a ajuda da administração municipal. Hoje o projeto conta com campo sintético, com escolinha de futebol três vezes por semana, de forma gratuita. Além disso, outros esportes utilizam o espaço, bem como um projeto cultural chamado “A Hora do Conto”, onde professores dão aulas as crianças. Um local que estava abandonado, sem uso, hoje está sendo muito utilizado.

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