O leitor mais assíduo do jornal A Hora lembra as recentes confusões geradas em torno dos contratos de limpeza urbana em Lajeado. Entre 2013 e 2015, principalmente, a Justiça e o Ministério Público (MP) foram provocados por uma avalanche de denúncias e investigações sobre supostos processos licitatórios direcionados e contratos emergenciais superfaturados. Valores foram devolvidos, empresários foram punidos e novas empresas foram contratadas. E, após alguns anos de “harmonia”, surge um novo capítulo neste enredo histórico de atores conhecidos. Na semana passada, a Justiça suspendeu a licitação para o serviço de roçada no município.
É isso. A contratação da empresa que será responsável pela prestação de “serviços de roçadas em praças parques, vias públicas e terrenos particulares” está suspensa pela justiça. A liminar foi concedida após a Comissão de Licitação rejeitar impugnações ao edital, que citavam supostos erros e possível direcionamento. O processo licitatório já iniciou, com a apresentação de cinco propostas, cujos valores variam de R$ 0,26 a R$ 0,44 o metro quadrado de roçada. São propostas que variam de R$ 1,5 milhão a R$ 2,6 milhões por mês, respectivamente. Uma curiosa diferença entre orçamentos para um mesmo serviço, e que gera embates internos na própria prefeitura.
5 mil criativos!
O Crie Smart Cities registrava mais de 4,8 mil inscritos até o início da noite de ontem. E a previsão é “bater” a marca de 5 mil participantes. O evento organizado pela Univates iniciou na segunda-feira e se estende até o dia 27. Ontem, o programa Frente e Verso foi transmitido ao vivo do Teatro da Univates, com uma programação alusiva ao inovador movimento (foto). E o mesmo ocorrerá nesta quinta-feira. Acima de tudo, o Grupo A Hora aposta nesses movimentos e reforça a cobrança para que os resultados sejam levados a todos os setores e classes da nossa sociedade!
Maria da Penha
Em Encantado, os vereadores derrubaram o veto do prefeito ao projeto de origem legislativa que “veda a nomeação para cargos em comissão de pessoas que tenham sido condenadas pela Lei Maria da Penha ou pela Lei do Feminicídio, no âmbito da Administração Pública Direta e Indireta do Município”. O Executivo argumenta que tal decisão cabe só ao Executivo, e inclusive encaminhou um PL com o mesmo teor ao Legislativo, e que está tramitando em paralelo.
Se a moda pega…
Uma cena inusitada no sábado. Na divisa entre os bairros Universitário e Carneiros, em Lajeado, o Departamento de Trânsito foi designado para garantir a paz de um grupo de moradores. Cones e fitas de isolamento impediam o tráfego de veículos em algumas poucas quadras próximas ao “Pico do 8”. A baderna é grande naquele ponto, sim, e os moradores merecem respeito. Mas, se a moda pegar, vai faltar cones para o governo garantir paz a muitos moradores de outros bairros…
Comércio aos domingos
O debate sobre o projeto de lei que autoriza (e não obriga) a abertura do comércio aos domingos não é uma novidade em Lajeado. São décadas de um movimento orquestrado pelo sindicato que representa os comerciários, e combatido, ora de forma velada e ora com posicionamentos mais fortes, pelo setor empresarial. É um debate necessário, reforço, e que não pode ser levado de forma leviana ou politiqueira. E a resposta do vereador Jones Barbosa (MDB) à reportagem de ontem do Grupo A Hora é a síntese do que não se deve promover em um momento como esse.
Comércio aos domingos II
“Vavá”, como é conhecido o vereador emedebista, tem as melhores das intenções, acredito eu. O histórico do jovem político nos leva a tal constatação. Líder comunitário dedicado às mais diversas causas sociais, ele não chegou a tal posição na sociedade por acaso. Mas a resposta dele à reportagem é desacertada. “Eu defendo as sessões da Câmara aos domingos”, afirmou o nobre parlamentar, condicionando o projeto de lei à uma nova rotina dos parlamentares. Não é por aí. O debate está muito além do tempo que cada vereador despende para atender as demandas.
Comércio aos domingos III
Vavá (MDB) se posiciona contra o PL. Sérgio Kniphoff (PT), por óbvio, também é contra a proposta do governo protocolada na sexta-feira passada. Além deles, Lorival Silveira (PP), ex-secretário da Sthas também é contra a matéria. Outros seis vereadores se declaram “indecisos”: Adriano Rosa (PSB), Ederson Spohr (MDB), Heitor Hoppe (PP), Márcio Dal Cin (PSDB), Marquinhos Schefer (MDB), e ainda o presidente da Câmara e um dos principais líderes no próprio Executivo, Isidoro Fornari (PP). E, entre os entrevistados na reportagem, só quatro vereadores afirmam apoiar a matéria. Ou seja, faltou articulação.
Sede da Câmara
A Câmara de Vereadores de Arroio do Meio funciona na Prefeitura. E o debate sobre uma sede própria perdura faz anos. Em 2016, a Associação Comercial, Industrial e Serviços (Acisam) ofereceu parte do reformado prédio histórico da entidade para sediar a “casa do povo”, por meio de um contrato de locação. Passados cinco anos, a proposta segue tramitando nos bastidores. Mas, e para que o negócio evolua, o prefeito Danilo Bruxel (PP) teria de solicitar de volta a sala hoje ocupada pelos parlamentares. Além disso, a proposta enfrenta outro obstáculo: já começam a surgir ofertas de espaços similares e por preços de locação atraentes.