Com alteração curricular, escolas enfrentam falta de professores

Rede Estadual

Com alteração curricular, escolas enfrentam falta de professores

A partir de segunda, rede estadual terá mais horas semanais de aulas de português e matemática. Para suprir demanda de docentes, equipes diretivas cobram ajuda do Estado. Coordenadoria Regional garante a contratação de 100 professores temporários

Com alteração curricular, escolas enfrentam falta de professores
(Crédito: Arquivo A Hora)
Estado

A partir da próxima segunda-feira, 23, os alunos da rede estadual precisam ter duas horas a mais de aula de língua portuguesa e três horas a mais de matemática por semana. A mudança na matriz curricular se dá com o objetivo de melhorar o desempenho dos estudantes, depois dos resultados obtidos no “Avaliar é Tri RS” serem considerados insatisfatórios.

Porém, o aumento na carga horária é um desafio para as instituições. Na região, a queixa é a falta de profissionais para suprir a demanda. Exemplo disso é a estratégia adotada pela escola Érico Veríssimo. Sem a possibilidade de aumentar o turno de trabalho dos professores, e sem a confirmação de contratações temporárias até o momento, a equipe diretiva remanejou os profissionais.

Para as aulas de português, a diretora Silvana Battisti explica que conseguiram fazer as alterações. Professores de outras disciplinas, como literatura e artes, que têm habilitação em ensino de língua portuguesa, foram deslocados para resolver o problema nos primeiros dias. “Suprimos as aulas de português, mas agora estamos sem professores em outras disciplinas”, diz Silvana.

Nas aulas de matemática, a escola ainda não encontrou a solução. Até oito turmas podem ficar sem professores.
A alteração na matriz curricular ocorre para alunos do 6º ano do Ensino Fundamental até o 3º ano do Ensino Médio. Não sofrem alterações as escolas do campo, o curso normal, EJA e cursos técnicos, que possuem regramentos específicos.

Professores temporários

A 3ª Coordenadoria Regional de Educação explica que está em contato diário com a Secretaria Estadual, para relatar as dificuldades da região. A CRE tem até hoje, 19, para encaminhar as demandas. A partir disso, o governo vai avaliar possíveis alternativas, como a possibilidade de estender o prazo para o início da alteração na matriz curricular.

Para suprir a demanda de professores, a regional pretende contratar 100 profissionais temporários. Estas pessoas fazem parte de uma banca de contratação temporária de candidatos que se inscreveram em edital lançado neste ano.

“Não vamos conseguir contratar os 100 professores até segunda-feira. Mas estamos avaliando como proceder, para não deixar nenhuma escola com alunos sem professores. Nosso foco é na recuperação das aprendizagens. Nosso aluno precisa ser atendido com a melhor qualidade e o mais breve possível”, diz Cássia Benini, coordenadora da 3ª CRE.

A coordenadoria explica que trabalha em conjunto com as equipes diretivas das escolas para propor adaptações e listar os empecilhos para cumprir a nova matriz curricular.

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