O economista-chefe da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), André Nunes de Nunes, participou de entrevista no programa A Hora Bom Dia, da Rádio A Hora 102.9, na manhã desta terça-feira, 17, para falar sobre as perspectivas diante da retomada da indústria no Estado.
Nunes explica que o reflexo do preço dos produtos do mercado é sentido por todas as partes da sociedade. “Para nós também acaba sendo desafiador entender o que acontece com a economia e projetar o futuro. Temos que entender que tudo o que vivemos é uma consequência do início da pandemia, da decisão que se teve de se ficar em casa, o que desorganizou as cadeias produtivas no mundo”, comenta.
No Brasil, também por causa do valor Real em relação ao dólar, se sente o impacto ainda mais. “O Banco Central vê a inflação do IPCA acumulado em 12 meses em 8,99% e precisa começar a segurar isso. O processo de inflação descontrolado é o pior de tudo.”
A projeção do economista é que se viva agora o pior ciclo da inflação, mas a tendência é que ela comece a desacelerar. Essa elevação da inflação, do IGP-M e outros indicadores econômicos diminuiu o poder de compra de muitas famílias, tendo em vista que o salário não foi reajustado nesse período.
Enquanto a população sente esses impactos, alguns segmentos da indústria foram impactados de forma positiva. “Grande parte desses incentivos dados pelos governos gerou um aumento de demanda na manufatura”, observa.
Ouça a entrevista na íntegra: