Quando foi a última vez que acordou mais cedo para ver o Sol nascer? Que visitou seus avós em um fim de tarde depois do trabalho? Qual foi a última viagem que fez sem planejar? Daquelas que a gente enche o carro e sai por aí sem rumo, só pelo prazer de estar na estrada?
Lembra a última vez que algo realmente te deixou feliz? Se parasse no tempo agora, quais seriam as lembranças que carregaria contigo?
A gente passa a vida fazendo planos e, entre as obrigações do dia a dia, esquecemos de tirá-los do papel. Deixamos para depois. Quando me formar, me inscrevo naquela bolsa de estudos no exterior. Quando tiver mais tempo, começo as aulas de dança, pintura, a tocar um novo instrumento musical.
Às vezes, esses planos não são nem tão distantes, quando a gente escolhe deixar as coisas pra fazer amanhã. E, enquanto isso, a gente vive o presente apenas esperando pelo futuro. Mas um pouco de poesia faz bem de vez em quando. E não é preciso muito esforço para tirar o peso da rotina dos nossos ombros.
É um exercício constante pela busca do que nos faz bem e aprender a ser feliz com as pequenas coisas do dia a dia. Os planos? Eles continuam sendo construídos por aí, e é preciso trabalho hoje para estar lá amanhã. Mas esse presente também precisa ser vivido com leveza, para que a gente tenha boas memórias para guardar.
Afinal, daqui há 10, 15 anos, não vamos lembrar do dia em que ficamos presos no trânsito ou no trabalho. Ou quando chegamos cansados em casa na última sexta-feira do mês.
Vamos lembrar daquilo que nos trouxe algum tipo de alegria. E, para isso, temos que estar abertos para recebê-las. Porque viver é uma escolha, e carregar um pouco de poesia no nosso dia também o é. Nem sempre isso é possível. Mas nos faz viver o agora, sem esperar pelos grandes planos do futuro todos os dias.
Boa leitura!