A esquerda governou o Brasil por 22 anos. Mais que os 21 anos (1964 a 1985) do tão vilipendiado regime militar. Foram 8 de FHC, com o mérito do Plano Real e do início das grandes privatizações, no seu primeiro mandato. Mas cujo segundo mandato foi um desastre. Seu PSDB é um paradoxo: criador e aficcionado das privatizações, agora está atrás da moita nas que Bolsonaro quer fazer. Adicionalmente, mesmo sendo o primeiro a contestar a legitimidade da eleição eletrônica, jurando que Dilma garfeou Aécio em 2018, agora fechou questão impedindo seus Deputados de votar na PEC do “voto auditável”. Sim, voto auditável!
Continuemos a contagem. Pós FHC, oito anos com Lula. Seu primeiro mandato, um espetáculo, com a inclusão de 40 milhões de brasileiros na classe média, mercê de boas políticas desenvolvimentistas e de inclusão social. Ele também, no segundo mandato, se perdeu. Mas quem perdeu mesmo, e muito, foi o País. Lula menosprezou e chamou de marola, o tsunami que foi a grande crise econômica mundial de 2008/2009, não preparando o Brasil para o que viria. Equívoco que foi a base dos nossos indicadores econômicos e sociais alarmantes do Governo Dilma, que embasaram sua derrubada. Mas o pior do segundo mandato de Lula é que corrompeu e deixou corromper.
Maior esquema comprovado de propinas no serviço púbico e privado, de delapidação do patrimônio de estatais e de fundos de pensão de estatais. De obras desnecessárias, feitas porque proporcionavam propinas. Inclusive em outros países, colocando dezenas de bilhões de reais lá, quando aqui educação e saúde agonizavam. Ainda hoje o Brasil gasta centenas de milhões de reais como garantidor de contratos de empreiteiras, nos quais avalizou a conclusão das obras lá fora, só que não cumpridos. Tudo legalizado por um Congresso cooptado pelo mensalão. Mas Lula não é o PT. Este, um belo Partido, necessário. Lula se serve do PT. Votei duas vezes nele e sou um dos milhões de idiotas que enganou.
Veio Dilma. Dizem que Lula saiu com 80% de aprovação. Já não o acredito, pois quem o disse são os mesmos Rede Globo, Estadão e Folha de São Paulo que, diuturnamente, tramam sua volta. Não aguentam mais a abstinência dos bilhões de reais a que Bolsonaro os submete, e que, presumem, Lula voltará a injetar neles. Recursos que, agora, viram melhorias na infraestrutura, aqui, e sustentam Programas sociais.
Dilma não foi Presidente. Lula continuou o sendo através dela. Conheci Dilma pessoalmente. Excelente Secretária de Olívio Dutra e Excelente Ministra. Só que não teve luz própria na Presidência e foi afastada por um impeachment urdido por seu Vice, seu “Brutus”. Um movimento considerado como “golpe na democracia”, pelos mesmos que agora clamam pelo impeachment de Bolsonaro. Pode?!
Nesta sexta, o STF mandou prender Roberto Jefferson, por “suposto envolvimento em ataques digitais à democracia”. Dia anterior autorizara abertura de inquérito contra o Presidente Bolsonaro por pretenso vazamento de inquérito sigiloso da Polícia Federal. Clara intimidação e postura de militância pró esquerda, a mais radical, a ditatorial. O mesmo STF que delegou à Câmara decidir sobre a abertura (ou não) de dois inquéritos contra Temer, por corrupção, que tornou Lula elegível, que soltou, do regime fechado, diversos condenados por corrupção.
O que queres para ti, para o Brasil, para teus sucessores, pós eleições de 2022? Uma argentinização, como primeiro passo, para chegar ao nível de Venezuela, Cuba, Coréia do Norte, China, dentre outros? Ou deixar que a direita liberal governe, ao menos, mais quatro anos, mesmo que a esquerda o tenha feito por 22?O que queres para ti, para o Brasil, para teus sucessores, pós eleições de 2022?