Quando começou a tua participação na Igreja, e o que te incentivou?
A minha caminhada eclesial começou no dia 19 de outubro de 2002, quando fui batizado. Entretanto, minha participação mesmo tem “raízes” no ano de 2011, quando missionários saletinos passaram por Encantado fazendo missão. A partir desse momento surgiu um desejo de ser coroinha e assim fui me envolvendo na vida da Igreja. Fui coroinha e acólito, ajudava nas celebrações, por sete anos, fui catequista, tive e ainda tenho ligação com a Pastoral litúrgica, especialmente com a música e hoje sou seminarista.
Como é a formação no seminário?
O percurso formativo no seminário se dá por vários anos. Atualmente estou no período chamado “Propedêutico”, é o início da caminhada. Se eu permanecer na formação, estudarei primeiro Filosofia e, por fim, Teologia. Mas posso dizer que, de certa forma, já tenho contato com a Teologia.
O que te motivou a entrar para o seminário e no futuro estudar Teologia?
A Igreja tem diretrizes que dizem que os futuros padres devem estudar teologia para conhecer a doutrina e serem instruídos na Sagrada Escritura, por exemplo, existem muito mais coisas que fazem parte do currículo. Contudo, não é apenas isso, porque, muitas vezes, é algo encantador. O que me motiva a seguir na formação é saber que o Povo de Deus reza e ama os seminaristas que serão seus futuros pastores, realizando a vontade de Deus.
Quais são os teus planos para o futuro?
No processo de discernimento que vivo, sinto que o Senhor me chama para o sacerdócio e, para isso, planejo continuar no caminho da formação.
Como avalia o cenário de jovens entrando no seminário hoje?
Há algum tempo, quando se falava em Teologia, pensava-se que era coisa de padre, mas não. Essa visão vem mudando e é um bom sinal, porque Deus nos fez pensantes, logo pensar também é uma forma de louvar a Deus. Muitas comunidades ofertam cursos de Teologia para leigos e isso é muito bom, inclusive estou participando de um semanalmente e é muito bom poder ver o rosto de homens e mulheres, idosos e também jovens que querem conhecer mais a sua fé. Como dizia Santo Anselmo: “Cremos para entender e entendemos para crer”.
O que mudou ao longo dos anos na procura pelo curso e como acha que vai ser daqui para frente?
Vejo que com todas as facilidades tecnológicas e aulas EAD, mais pessoas, especialmente os jovens conseguem aproveitar para fazer cursos que antes não poderiam, então vejo que há uma maior procura por parte dos leigos nos estudos teológicos, mas, como diz o ditado, “o futuro a Deus pertence”. Voltando para o âmbito vocacional, creio que jovens estudando Teologia com o objetivo de ser padre depende de nossas orações, pois como disse Jesus, e assim concluo, “Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para sua colheita” (Mt 9, 38).
