Como começou o envolvimento com a arte?
Desde a infância já gostava de colorir e desenhar. Eu sempre digo que já praticava nos trabalhos de aula quando tinham pesquisas de história e geografia, pois já ilustrava elas. Se era sobre o Dom Pedro I, fazia a fotinho dele. Sempre gostei, mas para hobby era difícil. Na infância tínhamos que poupar muito os lápis de cor, mas hoje com as crianças é diferente.
Quando foi o teu primeiro contato com a pintura?
Comecei a pintar de forma séria há 10 anos, momento que decidi focar nisso. Hoje em dia os materiais são mais acessíveis do que anos atrás, isso facilitou muito. A pandemia me deu mais tempo para me dedicar à pintura. Hoje, essa arte é um trabalho. Mesmo que eu divida minha rotina de dona de casa e à tarde com a de secretária na oficina mecânica da família, encontro tempo para pintar e fazer cursos.
Você segue buscando conhecimento em cursos de pintura?
Depois dos dois filhos, tive mais oportunidades de fazer cursos, sempre o que conseguia, fazia. Nunca perdi o contato com a tela, mas depois que me aposentei decidi que era o momento e a minha vez. Agora participo de um curso no Ateliê do Sílvio Farias, em Lajeado.
O que esta arte significa para você?
Para mim, pintar é uma terapia. Quando você está na pintura, vai para outro mundo, um lugar só meu. Acredito que seja assim para quem toca violão ou faz qualquer atividade que goste. Penso que todos deveriam ter algo para se sentirem assim.
Quais são as tuas inspirações para pintar? E o estilo preferido?
Faço bastante releituras, tiro coisas da internet, às vezes, as pessoas me trazem fotos para eu pintar na tela. Gosto do estilo impressionista e uso a técnica de pincel e espátula.
A pintura a óleo é mais difícil?
Mesmo sendo uma técnica mais demorada, gosto muito. Sei pintar em acrílico também. Mas com o óleo tu pode mudar, caso não goste de alguma coisa justamente porque demora mais para secar.
O que mudou na tua vida depois da pintura?
A gente fica mais aberto a tudo. Acho que fiquei mais positiva e feliz. Depois que tu realiza uma obra e pensa como conseguiu fazer, é algo que te deixa muito bem.
Qual foi a obra que mais marcou?
Gostei de pintar uma sobre a Praça dos Artistas, em Paris, da Pacha Mama e a do sítio de um amigo, mas essas são apenas algumas de tantas que tenho um carinho especial.