A inflação oficial do país ultrapassou a meta prevista pelo governo. No acumulado de 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), feito pelo IBGE, se aproxima dos 9%. A energia elétrica e o transporte são os principais motivos para este resultado nos últimos meses.
Com a nova alta sobre a gasolina, válida a partir de hoje, a tendência para os próximos meses é de mais pressão sobre as famílias, pois pela associação entre salário e custo de vida, há maior impacto sobre os gastos básicos.
No detalhe, energia e combustíveis provocam efeitos em cascata. Com elevação nestes setores, além do consumidor pagar mais na conta do mês ou quando vai ao posto, há ainda reflexo sobre a produção industrial.
Como consequência, a ida ao mercado também pesa mais sobre o orçamento das famílias. Uma reação em cadeia e que mostra a instabilidade econômica brasileira. Quem mais sofre nesta desregulação são as famílias com menor renda.
Em meio a essa perda de poder de compra, há uma impressão de que na verdade a inflação está superior aos índices oficiais do IBGE. Conhecer o formato, de que a tabulação abrange nove grupos e que dentro destes, há uma análise ampla, partindo de quem ganha um até 40 salários. Essa análise dos gastos e necessidades diferentes, ajuda a explicar o motivo pelo qual a inflação tem pesos diferentes às pessoas.
O governo federal tenta segurar essa ascensão do custo de vida com aumento nas tarifas de juros. Medida já feita nos anos de crise econômica, entre 2013 a 2015, e que não resolveu o problema. Houve impacto na inflação, mas devido à recessão econômica, a queda no consumo e a menor disponibilidade de crédito.
A inflação vai subir ainda mais nos próximos meses e cada vez o dinheiro valerá menos. O combustível segue o mesmo caminho. Situação difícil para trabalhadores e empresas. Além da variação de humor da cotação do barril de petróleo, há um aumento nos custos de operação.