Um requerimento aprovado na sessão de terça-feira, 10, na câmara de vereadores de Lajeado solicita reforma total das câmaras mortuárias do Cemitério Municipal, no bairro Florestal. O documento, assinado por Lorival Silveira (PP) pede ao governo executar a limpeza, pintura e consertos.
Para que a reforma saia do papel, o parlamentar sugere que o governo faça um convênio com o Presídio Estadual de Lajeado (Susepe). A intenção é que os detentos do regime semi aberto façam este serviço, enquanto o governo entre com o material. “Com certeza eles irão aceitar, pois conta como redução de pena. Enquanto não se tem um responsável pela limpeza do local, é uma opção”, afirma.
Vice-presidente da câmara, Heitor Hoppe (PP) considera necessária a reformulação das câmaras mortuárias. Além de dar maior dignidade às famílias, também daria um aspecto mais positivo aos visitantes, já que o cemitério fica próximo a uma das vias de entrada da cidade. “Essas câmaras são algo que todos nós precisaremos um dia. Então é importante que elas estejam em bom estado”, argumenta.
Na câmara, foi protocolado essa semana um projeto de lei que abre crédito especial de R$ 507,3 mil à Secretaria de Desenvolvimento Social. A ideia do governo é utilizar este recurso na construção de 256 câmaras mortuárias e 44 ossários junto ao cemitério. A proposta tramita nas comissões.
Novo adiamento
O projeto que revoga leis em Lajeado teve a votação adiada pela quinta vez. Após a justificativa da emenda, houve um pedido de vistas, de Lorival Silveira (PP). A solicitação frustrou os proponentes, e apenas quatro vereadores foram contrários ao pedido do colega.
Já o projeto de lei que cria o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência. A matéria teve repercussão positiva no plenário, com elogios e sugestões. Ana Rita de Azambuja (MDB) quer que ONG Azul Como o Céu tenha assento no conselho.
Reajuste no rotativo
Repercutiu ainda o pedido de aumento no valor do estacionamento rotativo em Lajeado. A Stacione, que opera o serviço na cidade, quer cobrar R$ 2,60 a hora. O reajuste, de 18%, foi rechaçado pelos vereadores.
Éder Spohr (MDB) disse que, caso um projeto seja encaminhado pelo Executivo neste sentido, votará contra. “Como comparação, o salário mínimo subiu 5,22% e a inflação ficou em 4,52%. Não sei qual a justificativa deles para o reajuste”, critica. Neco Soares (PSDB), também se mostrou descontente com o pedido. “Várias empresas ficaram sem trabalhar e eles continuaram cobrando”, lembra.