Criadores de bovinos e equinos da região preparam os melhores animais para os concursos da 44ª Expointer. O evento coloca em evidência a qualidade, desempenho e beleza, além de oferecer oportunidades de negócios.
A representatividade do Vale do Taquari se dará na bovinocultura leiteira, com vacas holandesas de alta produção e, cavalos da raça crioula, finalistas de prêmios.
Essa será a primeira participação do Pai de Fogo, finalista da Morfologia, o concurso que avalia a beleza e postura dos equinos. Já o Macanudo, é semifinalista do Freio de Ouro, principal competição da raça crioula no RS. Ambos são animais da Cabanha Maufer, de Cruzeiro do Sul.
Conforme o proprietário, Fernando Weiand, a cabanha participa faz 30 anos da exposição. “Nosso foco é na genética em busca dos melhores animais. A feira é uma vitrine importante para os negócios e, mesmo no formato virtual do ano passado, obtivemos bons resultados”, comenta.
Durante as edições da Expointer a cabanha já conquistou Freio de Ouro, em duas oportunidades; Freio de Prata, por três vezes; e Freio de Bronze, em dois momentos. Na final, prevista para outubro, ocorre o tradicional leilão com 20 cavalos da Cabanha Maufer.
“É uma grande oportunidade de venda no Brasil e para outros países. Este ano, devido à pandemia houve um atraso no calendário do Freio de Ouro e por isso a final e o leilão serão após a Expointer”, observa Weiand.
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Vaca da família Ferraboli, de Anta Gorda, conquistou prêmio em 2018 (Foto: Divulgação)
Vaca premiada
A família Ferraboli, de Anta Gorda, prepara a inscrição de cinco vacas e cinco novilhas holandesas. Em 2018, conquistaram prêmio no circuito de três exposições com o mesmo animal. A vaca denominada Damasco conquistou o primeiro lugar. “Ganhamos um carro naquela etapa”, conta Diogo Ferraboli.
Damasco está inscrita no concurso de produção leiteira. Hoje a produtividade diária média é de 80 litros. “É uma vaca diferenciada, as demais produzem em média 40 litros”, comenta o agricultor Diogo, com um plantel de 65 vacas.
Essa é a quarta participação na Expointer, além do concurso de produção, concorrem na etapa da morfologia, o concurso da estética dos animais. Essa visibilidade contribui também nos negócios da família, voltada à venda de novilhas e embriões.
De acordo com Diogo, já venderam até mesmo para fora do Brasil. “Fechamos negócios com criadores da Bolívia e queremos avançar nesse modelo de negócio”, projeta Ferraboli. Segundo ele, a feira valida todo o trabalho e dedicação.
Animais inscritos
A 44ª Expointer, que ocorre de 4 e 12 de setembro no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, terá a participação de 2.820 animais de argola (que vão a julgamento). O número de inscritos é maior que o do ano passado, quando 1.019 participaram, mas não alcança os números da feira de 2019, com 3.975 inscritos.
As associações de criadores têm ainda até 18 de agosto para inscrever bovinos rústicos e equinos destinados para provas e leilões. As demais inscrições encerraram na semana passada. Os animais poderão ser vistos em mais de 20 pistas para julgamentos e leilões. No dia 10 de setembro pela manhã, haverá o tradicional desfile dos campeões.
Segundo o médico veterinário e chefe do Serviço de Exposições e Feiras da Secretaria da Agricultura, Paulo Coelho de Souza, as inscrições superaram as expectativas, por ser uma Expointer de retomada e em um momento que ainda inspira cuidados em relação à pandemia. “Não alcançamos ainda os patamares de anos anteriores, mas isso era o esperado”, afirma.