Um rompimento de cabos de telefonia e fibra óptica no bairro Americano na manhã de ontem trouxe à tona a volta de um debate do mês de junho. Na oportunidade, município e empresas prestadoras de serviço buscaram uma forma de organizar os fios e cabos no postes. As primeiras tentativas de resolução foram em 2016 e desde então pouca coisa mudou.
Residências e empresas das ruas Expedicionários do Brasil e Paulo Born estão sem internet e telefone fixo. O empresário Luís Fernando Dexheimer, que tem estabelecimento nas proximidades, reclama dos transtornos causados. “Nós ficamos de mãos atadas, quase um dia inteiro sem conseguir trabalhar. Com sinal já é ruim, agora sem fica horrível”.
Técnicos de cinco empresas trabalharam ao longo da tarde para reestabelecer o serviço, sem sucesso. De acordo com os funcionários, a previsão de término dos trabalhos ficou para hoje, se as condições climáticas favorecerem. As equipes levantaram a rede para liberação do trânsito, que ficou bloqueado.
Problema seguido
Após a reunião do dia 21 de junho, onde o grupo debateu formas de melhorar a organização dos cabeamentos nos postes, ficou definido que as empresas regularizadas junto à RGE e Certel seriam chamadas para uma reunião com o Ministério Público (MP). O inquérito inicial, aberto em 2016, foi resgatado pelo promotor Sérgio Diefenbach, que projeta uma nova audiência com os envolvidos.
Está nos planos do MP reunir o poder público municipal, as empresas de energia e as prestadoras de serviço que ocupam os postes para estabelecer um mutirão, com uma sequência de fiscalizações periódicas e acompanhamento conjunto, identificando os piores pontos com fios não registrados e retirando eles do local.
Na avaliação do MP, o aspecto visual impressiona, mas não representa um grande risco, porque os fios de energia elétrica são bem mais controlados pelas companhias. “Esses outros fios de fibra óptica e cabos de telefonia ou o que for, eles não oferecem tanto risco de dano às pessoas, mas o cidadão não tem como saber se o fio é de A ou de B ou se ele está energizado ou não está”, argumenta Diefenbach.
Avaliação do MP
Para o promotor, a situação permanece igual porque as empresas terceirizadas querem fazer a prestação de serviço da forma mais rápida e veloz possível. O plano do MP é trabalhar com fiscalização intensa, sem descartar multa ou alguma ação por dano coletivo contra quem descumprir as regras vigentes.
meçam e não continuam. Então temos que estabelecer uma periodicidade, com pessoas responsáveis pela detecção de pontos importantes e da fiscalização in loco”, completou Diefenbach.