Depois de ficar muito próxima da vaga para disputar a prova dos 800 metros do atletismo, Jaqueline Weber acompanhou de perto os Jogos Olímpicos deste ano para ver o desempenho das rivais e onde precisa melhorar. Com o encerramento nesse domingo, a atleta inicia o processo de preparação para Paris 2024.
Em 2021, Jaque terá alguns compromissos importantes como o Campeonato Gaúcho Adulto, em setembro; Jogos Universitários, em outubro; além de algumas provas do Grand Prix Sul-Americano, caso a pandemia permita. Em novembro inicia o processo de preparação visando as competições em 2022. “Nesse momento treinamos mais do que competimos.”
Busca da vaga
Jaque salienta que os critérios à vaga ainda não foram definidos, mas que devem ser semelhantes ao ciclo passado. Atingir a marca de 1min59seg50mil ou ficar entre as 48 melhores do mundo. Essa pontuação é feita com a média das cinco melhores provas que o atleta faz um ano da competição. “É um ciclo mais curto. Tenho que estar bem todos os anos para conseguir participar das competições mais importantes.”
A atleta já está classificada para o Mundial de Atletismo que vai ocorrer em Oregon, nos EUA, no ano que vem, e em Budapeste, na Romênia, em 2023. Além do Pan-Americano, que também ocorre em 2023. “Vamos trabalhar bastante para estar em todas competições.”
Avaliação dos jogos
Jaque trocou o dia pela noite para companhar as provas e torcer pelos colegas. “Fiquei muito otimista assistindo os jogos, pois vi que pelo que apresentei neste ano, teria beliscado uma vaga na final.”
Cita que os atletas brasileiros foram muito bem nos jogos e com isso cresce a perspectiva de melhores resultados em Paris 2024.
Recorde de medalhas
O Brasil bateu o recorde de pódios em Tóquio, igualou o número de ouros da Rio 2016 e fechou as Olimpíadas de 2020 com a melhor participação em Jogos Olímpicos. Com sete ouros, seis pratas e oito bronzes, o país terminou na 12ª posição no quadro de medalhas, uma acima da conseguida em 2016.
Das 21 medalhas do Brasil, nove foram conquistadas por mulheres, outra marca histórica para a delegação brasileira. Além disso, Rebeca Andrade é a única atleta do país que conquistou mais de um pódio, com a prata no individual geral da ginástica artística e ouro no salto na competição, tanto que foi homenageada sendo escolhida para ser a porta-bandeira na cerimônia de encerramento. Dos esportes, skate e boxe foram os mais premiados com três medalhas cada.
Outro motivo para comemorar é que o Brasil faturou medalhas em 13 modalidades diferentes, uma a mais do que no Rio: atletismo, boxe, canoagem, futebol, ginástica, judô, maratona aquática, natação, skate, surfe, tênis, vela e vôlei. Esse resultado deixa o Brasil em sexto lugar entre os países que mais medalharam em modalidades diferentes.
Curiosidades
- Três medalhas de ouro no mesmo dia: canoagem, boxe e futebol, em 7 de agosto
- Rebeca Andrade é primeira mulher brasileira com duas medalhas olímpicas na mesma edição;
- Martine Grael e Kahena Kunze (vela), bicampeãs olímpicas (consecutivo)
- Futebol masculino, bicampeão olímpico
- Isaquias Queiroz (canoagem), quatro medalhas olímpicas;
- Recorde de participações: Formiga (futebol), Robert Scheidt (vela), Rodrigo Pessoa (hipismo) e Jaqueline Mourão (ciclismo MTB) – todos com 7;
- Mais jovem medalhista olímpica do Brasil, Rayssa Leal (skate street), 13 anos
- Mais velha medalhista olímpica do Brasil, Carol Gattaz (voleibol), 40 anos
- Medalhista em três edições seguidas: Mayra Aguiar (judô)