Eventos climáticos extremos explicitando urgências ambientais

Opinião

Cíntia Agostini

Cíntia Agostini

Vice-presidente do Codevat

Assuntos e temas do cotidiano

Eventos climáticos extremos explicitando urgências ambientais

Os dias andam confusos em muitas dimensões e na perspectiva ambiental e climática não está sendo diferente. No Vale do Taquari nevando e, ao mesmo tempo, temos 50 graus de temperatura no Norte do Planeta, com o extremo de termos peixes “cozinhando” dentro dos rios e lagos.

Bem, a discussão dos temas ambientais acontecem de forma muito presente faz vários anos e mais fortemente no último meio século, no entanto, vivemos altos e baixos na consciência e na percepção do tamanho desses problemas e consequências para toda a sociedade. Nesse momento parece-me que alguns sinais dão conta de um senso de longo prazo, “transgeracional”, como diria Ari Wallack.

O novo presidente do Estados Unidos, Joe Biden, retoma a discussão dos grandes acordos climáticos; os líderes europeus ressaltam essas temáticas após enchentes históricas em seus países; e grandes empresas iniciam propagandas nas mídias defendendo as temáticas ambientais em suas cadeias produtivas.

Corroborando com essas informações que nos circundam, o Relatório de Riscos Globais de 2021, emitido durante o Fórum Econômico Mundial, indica que os eventos climáticos extremos e os danos ambientais causados pela ação humana, são considerados riscos imediatos e, concretamente, são todos esses eventos que temos visto acontecer em nosso entorno.

Enfim, não se trata de discurso vago de ambientalistas, mas sim, um discurso de economistas, de ministros e de representantes de grandes empresas, que também agora percebem os problemas climáticos e indicam estes no Fórum Econômico Mundial como sendo de alto risco para o desenvolvimento.

Alto risco pois limitam a produtividade, limitam a competitividade, aumentam custos de produção, inviabilizam novos negócios e inovações, e isso não ocorre porque as leis e as regras impedem, mas porque os limites climáticos impedem.

Nessas condições, vemos negócios se apropriando de novas tecnologias para se qualificarem e diminuirem seus impactos e esses mesmos negócios determinam que os seus parceiros façam o mesmo, no entanto, precisamos chegar a cada pequeno, médio ou grande negócio; precisamos alcançar os pequenos e grandes produtores rurais e do agronegócio; precisamos “virar a chave” no setor privado e público; precisamos educar nossas crianças e nossos adultos; para então sim, cada um agindo na sua vida e no se entorno, poderá contribuir com o todo. As questões ambientais não são problemas dos outros, são problemas de todos e de cada um de nós!

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