Pelo terceiro mês, Vale fecha junho com vagas criadas

Saldo de emprego

Pelo terceiro mês, Vale fecha junho com vagas criadas

Em junho, região abriu 577 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, contratações superaram perdas geradas pela chegada da covid-19. No acumulado, são mais de 6,7 mil novas vagas criadas

Pelo terceiro mês, Vale fecha junho com vagas criadas
(Foto: Filipe Faleiro)
Vale do Taquari

Primeiro o aumento na produção industrial com abertura de postos de trabalho. Em seguida, mais movimento no comércio e na demanda por serviços. Como consequência, os dois setores precisam contratar, o que eleva o patamar da geração de vagas de emprego formal.

Esse é o resumo dos últimos três meses quando se avalia o saldo positivo na empregabilidade regional. Pelo menos é o que apontam os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os números em termos de admissões e demissões de junho foram apresentados na tarde de ontem. Quando se olha para o recorte dos 38 municípios do Vale, o mês foi o terceiro seguido de saldo positivo, com 577 novas vagas criadas.

O cenário de fechamento dos postos de trabalho e de de aumento do desemprego aos poucos fica para trás. Após o recorde de abril do ano passado, quando foram extintas 2.883 vagas, a indústria, os serviços e o comércio voltam a crescer.

Frente às perdas provocadas pelas restrições às atividades econômicas, quando de abril até dezembro de 2020 se teve um saldo negativo de 1.097, a região se depara com uma realidade de aumento da produtividade.

Nos últimos 12 meses, o saldo positivo de 6.744 representa a superação das perdas vistas com a chegada da covid-19. Para a economista e professora Cintia Agostini, esses indicadores mostram que o Vale passou pelo momento crítico. “Entramos na pandemia antes de outras localidades e conseguimos retomar também com mais rapidez. Tudo devido a adaptação na cadeia de produção dos alimentos”, frisa.

Para ela, agora há uma tendência de mais abertura de vagas. Algo que deve ocorrer nos próximos dois meses. “Ainda não atingimos o pico da empregabilidade. Vamos ainda ter resultados mais positivos para depois haver uma estabilização”, acredita.

Ainda assim, há duas incógnitas: a inflação, que reduz o poder de compra das famílias e também impacta os setores produtivos; além da chegada da variante Delta do coronavírus, pelo fato de não haver conhecimento de como pode interferir sobre a circulação das pessoas e no uso da infraestrutura de atendimento hospitalar.

Análise regional

O presidente da Câmara da Indústria e Comércio (CIC-VT), Ivandro Rosa, ressalta a tendência de evolução na empregabilidade. Para ele, ainda não se alcançou o ápice devido a falta de matéria-prima em algumas linhas de produção.

“A indústria da construção civil, por exemplo, ainda tem carência de materiais, com pedidos atrasados e canteiros parados. Quando houver estabilização nas entregas, teremos abertura de mais postos de trabalho.”, frisa.

Na análise dele, o resultado positivo tem como marca a maior segurança à atuação do comércio e dos serviços. Junto com isso, há uma presença importante das indústrias alimentícias. “Temos a confirmação da retomada, porque está claro que revertemos a tendência de fechamento de vagas”, resume.

 

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