A Empresa Pública de Logística Estrela (E-LOG) foi aprovada com louros pela pouco combatente Câmara de Vereadores de Estrela. A matéria que criou a futura gestora do Porto Fluvial, do aeródromo e possivelmente de uma parte das ferrovias instaladas em solo estrelense foi aprovada por unanimidade entre os parlamentares, apenas sete dias após ser protocolada no legislativo. Por fim, e com uma mísera semana para analisar todo o contexto envolvido na proposta, o PL foi aprovado na íntegra. Com isso, subtende-se que os legisladores confiam 110% nas intenções do governo de Elmar Schneider (PTB). É uma carta branca ao bem articulado gestor.
E-Log II
O detalhe não consta na lei aprovada. Mas o prefeito parece convicto de que a missão da E-Log é administrar indiretamente os modais existentes no município. Nas entrelinhas, o gestor deixa claro que os complexos precisam ser “tocados” pelo setor privado, restando à E-Log o papel de ser apenas uma intermediária ou uma facilitadora de novos e inovadores negócios. Do contrário, Schneider estará cometendo um grande erro. Afinal, o porto já afundou sob a mão única do setor público.
E-Log III
Ex-prefeito de Estrela, Rafael Mallmann (MDB) é citado nos bastidores como uma das prováveis indicações à Diretoria Executiva da E-Log. Neste primeiro momento, são pelo menos quatro cargos previstos na nova empresa pública: Diretor Presidente; Diretor Administrativo e Financeiro; Diretor de Desenvolvimento Empresarial e de Operações; e ainda um Diretor Jurídico. Todos serão de livre nomeação e exoneração do Executivo. E isso pode (e deve) deixar o investidor desconfiado.
E-Log IV
Outro ponto importante é a formação do Conselho de Administração. Serão quatro conselheiros definidos – também – por meio de Decreto: um representante do Executivo, que será o Presidente; um representante da Diretoria Executiva; um representante da CACIS (que já apresentou posicionamento favorável e pouco argumentativo acerca da E-Log); e um representante da CIC Vale do Taquari. E para um porto que precisa ser “regional”, a representatividade pareceu limitada.
E-Log V
O conselho decretado pelo prefeito também vai deliberar sobre os cargos da empresa pública, cujo regime jurídico será o da CLT, regulamentando-se no Estatuto as condições e diretrizes de seus colaboradores. Ainda de acordo com o projeto de lei (que também prevê isenções de impostos à E-Log), a contratação de pessoal efetivo ocorrerá por meio de concurso público de provas ou de provas e títulos, observadas as normas específicas editadas pelo Conselho de Administração.
PPA e o esporte
Em Encantado, os vereadores Marino Deves (PP) e Duda do Taxi (MDB) encaminham emenda ao Plano Plurianual 2022/2025. Eles sugerem a “implantação de Academias ao Ar Livre e Brinquelândia, além de estimular as atividades esportivas para todas as idades por meio do Bolsa Esporte”. Os mesmos parlamentares indicam o estímulo às atividades físicas no turno inverso escolar.
Ciclovia
O governo de Colinas encaminhou à Câmara o projeto de lei do Plano Plurianual 2022/2025. No documento, consta a intenção de construir uma ciclovia junto à ERS-129. Aguardemos!
Representatividade
A luta pela conquista de cadeiras para o Vale do Taquari na Assembleia Legislativa é legítima e necessária. Mas não é a salvação da lavoura. Em se tratando de concessões e pedágios, por exemplo, nem a presença de dois deputados estaduais da região na AL garantiu um bom contrato para as rodovias em 1998, por exemplo. Para tal, é preciso a união de outros atores e cidades.
Ruas fechadas e sede própria
Presidente da Câmara de Lajeado, Isidoro Fornari (PP) sugere uma lei para limitar o tráfego de veículos em ruas próximas aos parques da cidade (Parque dos Dick, Parque Ney Arruda e Parque Piraí). Em um primeiro momento, as medidas previstas para o fim de semana ocorreriam no turno da manhã. O chefe do Legislativo também promete iniciar o processo para uma sede própria da Câmara. A proposta dele é a aquisição do antigo prédio da Acvat. Ao mesmo tempo, empresários oferecem um andar inteiro do prédio-garagem em frente ao Hospital Bruno Born. Vamos aguardar!
Sem verticalizar
O abaixo-assinado criado para evitar a verticalização (leia-se construção de prédios e espigões à beira-mar) na praia de Xangri-la, no litoral norte gaúcho, já ultrapassou a marca de 10 mil assinaturas. E precisa aumentar. Denominado de “Infraestrutura sim, verticalização não”, o manifesto é um dos mais acessados na história do site Change.org, e o balneário em questão é um dos principais destinos de férias dos moradores do Vale do Taquari.