Vereadores aprovaram na terça-feira, 27, a permuta da obra de uma elevada na ERS-130 pelo prédio do Daer, na av. Benjamin Constant, avaliada em R$ 15 milhões. Para o governo estadual ceder a área, a obra tem de ser concluída.
A câmara aprovou emenda dos vereadores Mozart Lopes (PP) e Márcio Dal Cin (PSDB) que proíbe a venda imediata do prédio.
“E se a obra custar mais? Quem vai bancar essa despesa?”, questionou Dal Cin.
O único voto contrário a proposta foi do vereador Sérgio Kniphoff (PT). Antes da discussão, o petista havia pedido mais tempo para análise, que foi negado pelo plenário.
“Nós estamos dando R$ 15 milhões para fazer uma obra que deveria ser feita por uma empresa”, manifestou Kniphoff. Ele acredita que a destinação da verba proveniente da venda da área do Daer deve ser debatida com a população. “A prefeitura não é imobiliária”, complementou.
Para Heitor Hoppe (PP), o projeto garante a construção de vias complementares. “A concessionária fará o trabalho do eixo central e não está garantida as vias laterais. E se fizer, pode demorar mais oito ou dez anos”.
O processo de venda do Daer, portanto, só será permitido caso um novo projeto de lei apreciado na câmara.
Com a aprovação da alteração do texto, Ederson Spohr (MDB) retirou duas emendas propostas sobre a forma de comercialização do imóvel.
Alargamento de rua
Uma alteração proposta pelo vereador Carlos Ranzi (MDB) acrescenta a obra de alargamento da travessa Schmidt ao projeto.
De acordo com o texto, “deverá ser averbada na matrícula dos imóveis lindeiros à Travessa Schmidt a destinação para alargamento da mesma”.
A previsão para construção do viaduto na ERS-130 com vias laterias é de R$ 12,5 milhões. A troca com o governo estadual também quita dívida de repasse de saúde com o Estado. A obra deve resolver um dos principais gargalos do trânsito da cidade, em frente a fábrica da BRF.