Estado propõe regionalização. Amvat questiona critérios

Saneamento básico

Estado propõe regionalização. Amvat questiona critérios

Governo gaúcho sugere divisão entre os municípios em quatro grupos. Cidades do Vale ficariam separadas em duas unidades de saneamento. Prefeitos pedem explicações sobre os critérios. Comunidade tem até 9 de agosto para participar da consulta pública

Estado propõe regionalização. Amvat questiona critérios
Melhorias na prestação do serviço de esgoto integram objetivos do marco legal (Foto: Bianca Mallmann)
Vale do Taquari

Uma proposta de regionalização do saneamento foi enviada pelo governo do Estado para a Assembleia Legislativa. O objetivo é separar os municípios em unidades, para qualificar a prestação dos serviços de abastecimento de água potável e de esgotamento sanitário. Os projetos de lei que tratam sobre o tema estão em fase de consulta popular.

Os gaúchos têm até o dia 9 de agosto para opinar sobre a proposta de regionalização do saneamento no Rio Grande do Sul. No site da Assembleia Legislativa, é possível deixar contribuições sobre os projetos de lei. As sugestões enviadas poderão auxiliar na avaliação dos deputados e eventuais inclusões de emendas ao projeto. A matéria deve ser votada na sessão do dia 31 de agosto.

A regionalização atende uma das exigências do Marco Legal do Saneamento. Sancionado no ano passado, o marco determina que cidades e concessionárias têm obrigação legal de até 2033 tratar 90% do esgoto e levar água tratada para 99% da população.

Região questiona critérios utilizados

Os projetos de lei elaborados pelo governo estadual propõem que o estado seja dividido em quatro unidades: “Central”, “Sul”, “Nordeste” e “Noroeste e Litoral Norte”. Porém os critérios usados pelo governo estadual não estão claros para os prefeitos do Vale.

A primeira unidade definida foi a Central, composta por 307 municípios que têm contrato com a Companhia de Saneamento do Rio Grande do Sul (Corsan). Já a divisão dos outros municípios em três regiões gera dúvidas nos líderes locais. As cidades que integram o Vale do Taquari estão divididas em duas regiões, que não seguem critérios geográficos.

O presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) e prefeito de Santa Clara do Sul, Paulo Kohlrausch, diz que os critérios não foram explicados ou compreendidos pelos prefeitos.

Para que a região possa compreender o objetivo da regionalização, os critérios e benefícios, a entidade organiza para durante o mês de agosto uma assembleia virtual com representantes da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema).

“Nem todos os prefeitos estão a par do projeto. Não sabemos por que dividiram assim. Queremos ter um embasamento técnico para podermos decidir se queremos ou não aderir.

Depois de a lei ser aprovada e entrar em vigor, os prefeitos têm 180 dias para manifestar adesão à Unidade Regional de Serviços de Saneamento Básico, por meio de uma declaração formal. Aderindo, ou não, os municípios precisam atender às exigências do marco legal.

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