Vale encaminha pedido para retorno do turno integral

AULAS PRESENCIAIS

Vale encaminha pedido para retorno do turno integral

Prefeitos aprovaram solicitação em assembleia virtual da Amvat. Estado avaliará documentação e decidirá sobre demanda, que inclui alterações no distanciamento entre classes e capacidade do transporte escolar

Vale encaminha pedido para retorno do turno integral
Proposta da Amvat reduz distanciamento entre as classes para 1 metro (foto: arquivo A Hora)
Vale do Taquari

Em assembleia virtual ocorrida na tarde dessa sexta-feira, 16, a Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) aprovou o retorno das aulas em turno integral na região. Os prefeitos deliberaram de forma unânime sobre o assunto. Agora, a demanda será levada ao Estado para análise.

O retorno do ensino presencial em turno integral era uma reivindicação de prefeitos de diversos municípios do Vale. Para viabilizar esta demanda, o Comitê Técnico Regional propôs alteração nos protocolos de distanciamento entre classes, de 1,5 metros para 1 metro, seguindo a orientação do Ministério da Educação.

Também foi solicitada alteração na capacidade do transporte escolar, passando de 50% para 75%. “O Estado possui dois tipos de protocolos, os obrigatórios e os variáveis. Estamos fazendo um questionamento mais amplo dos protocolos para que possamos atender de uma forma mais integral as comunidades”, explica o advogado Juliano Heisler, integrante do comitê.

O Estado tem 48 horas para analisar os pedidos de alteração a partir do envio da documentação, que inclui o parecer técnico do comitê e a ata de aprovação em assembleia. Segundo Heisler, a situação da pandemia no Vale e outras situações foram consideradas na avaliação. “O Estado emitiu aviso para todas as regiões, mais como um pedido para que se mantenha a mobilização dos municípios”.

“Vamos acelerar para cumprir o cronograma”

O diretor-presidente da CCR ViaSul, Fausto Camilotti, participou da assembleia da Amvat e apresentou detalhes da duplicação da BR-386, entre Marques de Souza e Lajeado. Segundo ele, a intenção é, mesmo com o atraso no início das obras, entregar 10 quilômetros até fevereiro de 2022, e o restante até fevereiro de 2023.

“Vamos acelerar para cumprir o cronograma e recuperar o tempo perdido. Temos um compromisso contratual, recursos em caixa e não há dúvidas de que isso vai acontecer. O descumprimento de prazos e inadimplência gera penalizações e não queremos isso”, salienta.

O prefeito de Bom Retiro do Sul, Edmilson Busatto, pediu a palavra para falar sobre a necessidade de construção de uma elevada no acesso ao município. A obra não foi contemplada no plano de concessão da BR-386. “Ficamos prejudicados e pedimos, sim, o apoio neste sentido. Se não, buscaremos recursos através de financiamento ou de emendas parlamentares”, afirma.

Conselhos tutelares

A participação do promotor de Justiça de Lajeado, Sérgio Diefenbach, abriu a assembleia da Amvat. Ele abordou a necessidade de capacitação dos conselhos tutelares da região, algo que foi identificado durante a pandemia.

“A educação estará sobrecarregada de conteúdo e déficit que as famílias terão. Os serviços que estão nas mãos de vocês, se não fortalecermos, correm o risco de entrar em colapso. Isso envolve a saúde mental das famílias”, salientou, se dirigindo aos prefeitos, pedindo que olhem com atenção para o assunto.

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