Prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, representantes do Hospital Bruno Born (HBB) e equipe do Ministério da Saúde se reúnem às 14h30 da próxima segunda-feira, 19, para debater a possibilidade do município voltar a sediar uma UTI pediátrica.
O objetivo do encontro é habilitar o serviço na cidade e, assim, captar recursos para os procedimentos. Um dos argumentos a serem apresentados na reunião é o caráter complementar da estrutura da UTI ao serviço da Fundação para Reabilitação das Deformidades Crânio Faciais (FUNDEF).
A unidade do HBB foi fechada no mês passado. Uma legislação de 2010 não permite UTIs mistas. Além dos quatro leitos pediátricos (de 28 dias até 13 anos), a unidade possui seis leitos neonatais, que permanecem ativos.
Em Santa Cruz do Sul, a Unidade de Terapia Intensiva ainda atende de forma mista. A estrutura tem oito leitos neonatal e dois pediátricos. O Hospital Santa Cruz aguarda uma definição da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), com sede no município, para definir o encaminhamento do setor pediátrico.
De neonatal a pediátrica
A comunidade de Venâncio Aires está envolvida faz dois anos em um projeto para construção de uma UTI neonatal. O fechamento da UTI pediátrica de Lajeado reformulou os planos do hospital.
Com a falta de alas pediátricas na região, o projeto foi alterado para uma UTI que atenda crianças maiores de 28 dias. A direção do Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) esteve reunido faz cerca de dez dias com a secretária da Saúde, Arita Bergmann.
A casa de saúde já tem um prédio com dois andares, disponível para a instalação da unidade. O projeto encaminhado ao governo do Estado pede mais R$ 3,5 milhões para finalizar a estrutura física e equipar a ala pediátrica.
A instituição precisaria de R$ 460 mil mensais para custear dez leitos e um valor repassado por internação, por meio de Autorização de Internação Hospitalar (AIH). O projeto prevê dez leitos SUS e dois particulares ou conveniados.
De acordo com o presidente do HSSM, Luciano Spies, o projeto já está na mesa do governador. Leite teria sinalizado uma boa impressão à proposta.
Venâncio Aires não possui mão de obra especializada para o atendimento pediátrico em terapia intensiva. A ideia é que profissionais de Lajeado e Santa Cruz do Sul atendam no município.
Conforme o histórico de internações, uma única estrutura pediátrica seria suficiente à macrorregião dos Vales. Os seis leitos de Santa Cruz do Sul e Lajeado eram suficientes para atender a demanda, sendo que a estrutura do HBB tinha ocupação média de 40%.