Estado retira alertas, mas pede cautela às regiões

Pandemia no RS

Estado retira alertas, mas pede cautela às regiões

Sistema 3As, implantado há dois meses, terá sua primeira semana sem emissão de alertas após queda em indicadores. Com iminente chegada da variante Delta, autoridades pedem que municípios mantenham “vigilância”

Estado retira alertas, mas pede cautela às regiões
Governador cita variante Delta e pede para população não afrouxar cuidados (Foto: Divulgação/Gustavo Mansur)
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A melhora nos indicadores fez o governo do Estado retirar todos os alertas que ainda vigoravam para as regiões Covid, dentro do Sistema 3As. Esta será a primeira vez que o modelo, implementado há dois meses, não terá regiões com situação de gravidade. Contudo, autoridades reforçam que não é momento para afrouxar as medidas de controle da pandemia.

As regiões de Cachoeira do Sul, Caxias do Sul, Palmeira das Missões, Passo Fundo, Pelotas, Santa Rosa e Uruguaiana, que antes estavam com o alerta, agora se juntam às demais 14 áreas. Todas receberam um “aviso” pela possibilidade da variante Delta do coronavírus já circular pelo Estado.

A secretária de Saúde, Arita Bergmann, destacou o trabalho conjunto e agradeceu aos prefeitos que se empenharam para que o Sistema 3As funcionasse. Entretanto, reforça que o momento ainda exige cuidado. “Todas as regiões receberam um aviso, pois temos que continuar sendo vigilantes. Não podemos afrouxar, nem cochilar. O que hoje é bom ou estável pode piorar amanhã”, frisa.

Na quarta-feira, o Rio Grande do Sul estava com 823 leitos de UTI adulto disponíveis, o que representa 75,2% de ocupação. Segundo Arita, apenas cinco pacientes estão na lista de espera por vagas. Ela lembra, entretanto, que aumentaram as internações por outras doenças. Por isso, pediu atenção aos prefeitos na liberação de eventos com público. “Qualquer evento maior que tenha aglomeração pode ser o espaço perfeito para que o vírus se multiplique”.

“Preocupação no mundo”

O governador Eduardo Leite, que esteve ontem em Brasília, comemorou a queda nos indicadores e também o avanço da vacinação. Ele manteve a previsão de imunizar toda a população adulta até o fim de setembro, mas acredita que isso possa ocorrer antes. Citou a si mesmo como exemplo, já que foi vacinado na terça-feira, 13, e a expectativa de receber a primeira dose era para agosto.

Leite também reforçou que o momento não é de “tranquilidade”, devido à variante Delta. “Estamos aguardando as amostras para verificar se ela já está aqui. É uma preocupação no mundo”, comenta. As duas amostras, de moradores de Gramado e Santana do Livramento, foram encaminhadas para análise na Fiocruz.

Ressalvas

Diretor do Departamento de Economia e Estatística (DEE), Pedro Zuanazzi apresentou números que indicam a melhora no cenário da pandemia no Estado. Usou como exemplo a região de Cachoeira do Sul, que chegou a ter uma incidência de pessoas infectadas pela covid-19 muito maior que a média estadual.

Zuanazzi, porém, pontua que existem ressalvas para o momento atual. Além da variante Delta, cita dados de uma pesquisa no Facebook, que mostra um aumento na média de pessoas com sintomas fortes da doença no RS nos últimos 7 dias, bem como a própria queda na ocupação dos leitos clínicos, que ocorre em ritmo menor. “Esse é o primeiro sinal que vimos em outras ondas. Algumas informações que temos indicam a necessidade de vigilância constante”, afirma.

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