O Rio Grande do Sul ingressa em um novo momento no combate à pandemia. As últimas semanas foram de redução dos principais indicadores relativos à propagação da covid-19 em território gaúcho. À medida que a imunização avança, os números estabilizam e ampliam a esperança de superação de um dos períodos mais adversos da história recente da humanidade.
Ontem à tarde, o governador Eduardo Leite e comitê de enfrentamento usaram as redes sociais para enaltecer a conjuntura alcançada, após meses mais de um ano de apreensão, severas restrições, rede hospitalar à beira do colapso, contágios em alta e mais de 32 mil mortes.
No Sistema dos 3 As, o Estado retirou os alertas das sete regiões que ainda inspiravam cuidados especiais. A medida traz mais tranquilidade para as comunidades e permite a retomada, mesmo que parcial, da normalidade.
Vale destacar o quadro regional. Lajeado, por exemplo, experimenta índices de casos ativos muito mais favoráveis em relação a outros momentos da pandemia. A ocupação de leitos clínicos baixou de forma considerável nos últimos 30 dias, bem como as internações de terapia intensiva. Ao que tudo indica, o pior já passou e enfim a comunidade começa a vislumbrar saídas para a crise.
É preciso exaltar a importância da imunização para a obtenção desses resultados. Com o esquema vacinal completo em cerca de 26% da população gaúcha vacinável, a situação parece enfim estar controlada. A perspectiva de ter todos os adultos vacinados ao menos com a primeira dose até 20 de setembro é animadora.
No entanto, a vigilância e os cuidados já amplamente disseminados para evitar contágios devem permanecer. As suspeitas de casos da variante delta – mais agressiva e mais contagiosa – entre pacientes gaúchos são preocupantes e exigem atenção. Apesar do melhor controle da pandemia, o momento não é de relaxar.
Cautela e responsabilidade devem seguir como mantras. O trauma dos momentos mais críticos deve ser lembrado para evitar novos agravamentos.