Circo reabre e adapta espetáculo

Forquetinha

Circo reabre e adapta espetáculo

Após período de atividades informais para sobreviver à pandemia, artistas de circo voltam aos palcos no Vale do Taquari com equipe reduzida. Protocolos permitem reabertura com 30% do público

Circo reabre e adapta espetáculo
Na estrada há 36 anos, Rudinei Reis, o Buiú, faz parte de terceira geração de artistas circenses (Foto: Jhon Willian Tedeschi)
Vale do Taquari

Uma cena chama a atenção de quem transita pela região central de Forquetinha nesta semana. Um circo está montado nas proximidades do Centro Administrativo. Depois de quase um ano e meio fora de atividade, os artistas voltaram para a estrada, mesmo com todos os desafios impostos pela pandemia.

Com a permissão para funcionamento, o Circo Cosmos recomeçou suas atividades no Vale do Taquari. No período em que estiveram impossibilitados de atuar, os integrantes se estabeleceram em Ilópolis, se mantendo em diversas atividades. “Aparecia um caminhão de tijolo para descarregar, uma casa para aterrar, aí nós íamos fazendo, um bico aqui, um bico ali. Conseguimos sobreviver dessa forma”, relata Rudinei Reis, responsável pelo circo.

O período de pandemia reduziu a equipe do Cosmos, de 25 para oito pessoas. Rudinei, também conhecido como Buiú, além de administrar o circo, também atua como palhaço. Na montagem da lona, quatro pessoas trabalhavam desde a segunda-feira, 12, para o início das apresentações na sexta-feira, 16. Em condições normais, 10 pessoas fariam este serviço. “É aquela velha história, quem bate estaca é o palhaço, quem ergue a lona é o malabarista. Fazemos de tudo um pouco”.

O setor artístico foi um dos mais afetados pelas restrições e os circos não escaparam. Buiú estima que havia mais de 30 circos no RS, hoje restando cerca de 20. “Tenho amigos que cresceram comigo e acabaram fechando seus circos, não conseguiram manter por causa da pandemia”.

Novos critérios de segurança

Em relação ao público, o circo costumava receber 500 pessoas no período pré-pandemia. Hoje, apenas 70 pessoas estão liberadas para acessar o espaço, considerando os protocolos que exigem distanciamento de dois metros entre cada lugar disponível.
Atrair o público de volta surge como maior desafio. “Temos todo um critério sanitário para seguir, temos que passar segurança para o nosso público e mostrar que o circo é um lugar seguro também”, afirma Buiú.

Apoio aos que estão em casa

Buiú conta que mesmo com profissionais afastados, o circo tenta ajudar, dentro de suas possibilidades. A expectativa é que a situação seja normalizada, para reintegrar todos os artistas. “Não abandonamos nenhuma pessoa que trabalhava com a gente no circo. O circo vai mantendo na medida do possível todos os colaboradores, para não perder nenhum, porque o circo precisa de todos”.

Turnê pelo Vale do Taquari

As apresentações em Forquetinha serão nas duas próximas semanas. O município é o quarto destino do Cosmos desde a retomada dos trabalhos. Após sair de Ilópolis, o circo passou por Vespasiano Corrêa, Muçum e Colinas. Buiú projeta procurar prefeitos da região interessados em receber o circo a partir da próxima semana.

Acompanhe
nossas
redes sociais