A suspeita de dois casos da variante delta do coronavírus em território gaúcho preocupa o governo do estado. Com o objetivo de garantir melhor resposta imune à nova cepa, o Piratini decidiu encurtar o intervalo entre a primeira e a segunda dose das vacinas da Pfizer e Astrazeneca.
Na tarde desta quarta-feira, 14, mais de 10 mil doses de vacina contra covid-19 devem chegar no Vale do Taquari. A organização da aplicação das segundas doses, assim como das primeiras, fica a critério dos próprios municípios, que podem escolher a melhor estratégia de acordo com cada situação.
A antecipação da segunda dose foi definida em reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB). O entendimento é que apenas uma dose é pouco efetiva para esta cepa. Ao todo, a Secretaria Estadual da Saúde do Estado distribuirá 308.575 vacinas Astrazeneca às 18 coordenadorias regionais.
Como as vacinas da Pfizer começaram a ser aplicadas na região no fim de maio, ainda não há o intervalo necessário para o adiantamento da segunda dose. Desta forma, na próxima remessa que chegar ao Estado, deverão ficar reservadas 108.930 doses desse fabricante.
Municípios adaptam estratégias
O município de Lajeado aguarda a chegada de mais doses para poder antecipar a vacinação. Hoje, a vacinação de segundas doses de Astrazeneca seguirá o cronograma normalmente, ainda com o intervalo de 12 semanas.
Estrela pretende lançar novo calendário de vacinação até sexta-feira, conta o Secretário de Saúde Celso Kaplan. No momento, aguardam normativa da Secretaria do Estado para definição da estratégia no município. Os cidadãos poderão conferir o novo cronograma nas redes sociais e site da Prefeitura.
De acordo com a 16ª Coordenadoria Regional de Saúde, cada município tem a liberdade de traçar suas estratégias individuais de vacinação, e cabe a CRS fazer a logística de distribuição das doses.
Saiba mais
Dois prováveis casos da variante Delta do coronavírus foram identificados pela primeira vez no Rio Grande do Sul. As suspeitas são de um morador de Gramado e outro de Santana do Livramento. Estudos indicam que a Delta é 60% mais transmissível do que a variante Alfa.
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