Moradores refutam pedágio em Cruzeiro

Concessão das rodovias

Moradores refutam pedágio em Cruzeiro

Na sexta reportagem sobre os impactos do plano de concessões às rodovias do Vale, A Hora detalha investimentos em Cruzeiro do Sul, Westfália, Muçum e Dois Lajeados

Moradores refutam pedágio em Cruzeiro
Audiência sobre os pedágios no Vale ocorre na tarde de amanhã. Para líderes locais, prazo para detalhamento da concessão foi exíguo (Foto: Filipe Faleiro)
Vale do Taquari

A proposta de continuidade da praça de pedágio em Cruzeiro do Sul, na localidade de Boa Esperança, é rejeitada pela comunidade local. Inclusive foi tema de reunião na semana passada entre representantes do Vale com a equipe da Secretaria Extraordinária de Parcerias do RS.

Pelo fato de estar em um ponto que divide o município, e pelo novo sistema proibir isenções, moradores ressaltam os prejuízos nos deslocamentos para o centro da cidade. Esse descontentamento foi tema de protesto no fim de junho.

Tanto que foi formada uma comissão para estudar o plano de concessões e os impactos em Cruzeiro do Sul. Um dos integrantes do grupo, coordenador dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais (STRs) do Vale, Marcos Hinricksen, ressalta os prejuízos aos agricultores.

“A cobrança em Boa Esperança atinge outras cinco localidades. São cerca de 600 moradores que hoje tem isenção da tarifa e que terão de começar a pagar pedágio.” De acordo com ele, os deslocamentos cotidianos, como para abastecer o veículo, traria gastos para as famílias.

“Somos contra a cobrança do pedágio no território de Cruzeiro do Sul”, frisa Hinricksen. Em busca de consenso, o governo do Estado admite rever o local da praça. A sugestão foi apresentada na semana passada ao prefeito João Dullius e prevê a transferência para as proximidades do limite com Mato Leitão. O secretário de Parcerias, Leonardo Busatto, se comprometeu a visitar o município em 20 de julho.

Investimento de R$ 91 milhões

Pela previsão do Estado, nas próximas três décadas, em Cruzeiro do Sul, o investimento previsto na RSC-453 alcança R$ 91 milhões. Deste total, a duplicação de dez quilômetros custaria R$ 25,2 milhões. Para melhorias, rótulas, acessos e passarelas, mais R$ 25,1 milhões. Quanto aos serviços de manutenção e recuperação, o estudo aponta à aplicação de R$ 41 milhões.

A concessões das estradas gaúchas faz parte do Avançar RS. São mais de 1 mil quilômetros, com expectativa de aplicar R$ 10,4 bilhões. As rodovias do Vale (ERSs 129, 130 e 453) aparecem no lote 2 junto com estradas de Passo Fundo, Carazinho até Santa Cruz do Sul. Nestes trechos, seriam R$ 3,9 bi de investimentos.

Pelo Vale

A Hora publica reportagens sobre os projetos nas cidades impactadas pelos pedágios. A primeira foi sobre Encantado, na edição do dia 30 de junho. Os detalhes de Arroio do Meio constavam na edição da terça passada, 6. No outro dia, foram abordados os projetos para Lajeado. Na sequência foi Teutônia. Quinta passada, foi Estrela. Hoje, os detalhes dos municípios com menos investimentos, Cruzeiro do Sul, Westfália, Dois Lajeados e Muçum.

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