Tramita na câmara de vereadores o projeto de lei que prevê a incorporação da área do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) por parte do município. Na prática, a parceria do governo de Lajeado com Estado e autarquia busca destravar a obra de remodelação do trevo da BRF, na ERS-130, um dos principais gargalos da região.
Esta foi uma das duas alternativas propostas pelo prefeito Marcelo Caumo ao Estado. A intenção é colocar a área onde funciona a 11ª Superintendência Regional, de 6,6 mil metros quadrados, à venda, mediante processo licitatório. As formas de negociação estão descritas no projeto. O imóvel, situado no Centro de Lajeado, está avaliado em R$ 15,5 milhões.
Para Caumo, o foco principal da administração municipal não é diz respeito à área da autarquia em si, mas possibilitar a resolução de um problema histórico de mobilidade urbana no Vale. “Buscamos alternativas e essa foi uma das que levamos ao governador. E o que fica mais compatível com os valores das obras no entroncamento da BRF é a área do Daer”, justifica.
De acordo com Caumo, se o projeto for aprovado no legislativo, a lei será levada ao Palácio Piratini para formalização da parceria. “E após a autorização do Estado, daremos sequência com abertura do processo de licitação para a venda da área”, salienta o prefeito.
Nova sede
Com a possível negociação da área na região central de Lajeado, o governo se comprometerá em construir uma sede nova à superintendência regional. Para isso, seria aproveitada uma área conhecida como “mato do Daer”, situada às margens da ERS-130, no bairro Campestre.
Segundo o projeto, o valor previsto para a execução da obra é de até R$ 1 milhão, mediante processo licitatório. “Sem dúvidas, será melhor para o próprio Daer, que teria acesso facilitado às rodovias onde tem atuação”, destaca Caumo. Além disso, possibilitará ao município o alargamento da avenida João Goulart, que dá acesso ao bairro, uma demanda antiga de moradores.
Outra alternativa
Além da parceria com o Daer, o governo de Lajeado estudou outro caminho para a construção do viaduto no trevo da ERS-130. A proposta era de execução da obra por parte da BRF, com utilização de substituição tributária do ICMS para crédito futuro.
Mesmo assim, o município propôs uma segunda alternativa. “É algo mais demorado e complexo. Dependeria de aprovação na Assembleia Legislativa. Mas não está descartada. O combinado é que as duas alternativas correriam em paralelo”, avalia Caumo.
