Às sombras da tecnologia

Editorial

Às sombras da tecnologia

Às sombras da tecnologia
Vale do Taquari

As queixas em torno dos serviços de internet e telefonia móvel são recorrentes no Vale do Taquari.  As reclamações costumam ser
relativas a instabilidade no sinal e áreas sem cobertura, especialmente no interior e em municípios de pequeno porte.

Em pleno ano de 2021, é inconcebível imaginar uma região tão próspera e produtiva com problemas na cobertura de um serviço essencial para o desenvolvimento. No campo ou na cidade, conexão de qualidade e sinal de celular são essenciais.

O tema já entrou nas discussões de órgãos como Associação dos Municípios (Amvat) e Conselho de Desenvolvimento (Codevat), já foi alvo de inquérito dos Ministérios Públicos estadual e federal, bem como levado ao Procon.

A mobilização de líderes do Vale em torno do tema perdura faz anos e, infelizmente, poucos foram os resultados até o momento.
A resposta das operadoras, de modo geral, fica restrita à alegação do cumprimento do contrato. Não deixa de ser verdade. O fato é
que a legislação do setor é defasada e parece que as empresas se limitam em prestar o mínimo necessário.

A importância dessas tecnologias de comunicação e informação é indiscutível. No mundo dos negócios, ficar sem sinal ou sem acesso à rede mundial de computadores representa perder competitividade. Além de impactar sobre a vida e o acesso ao conhecimento. Jovens moradores de cidades interioranas optam por deixar os municípios de origem também pela falta desse serviço.

Engana-se, porém, quem pensa que o problema se restringe às áreas rurais. Reportagem especial desse fim de semana do A Hora abordou os problemas de telefonia e internet na cidade polo da região. São pelo menos seis zonas de Lajeado com as chamadas “sombras de tecnologia”.

A cobertura incompleta no território municipal trava avanços e inovações, como é o caso do aplicativo de transporte público
da Expresso Azul, pensado para auxiliar os usuários de ônibus sobre horários e posicionamento dos veículos, mas que não avança
pela fragilidade do serviço.

Acerta, portanto, o governo municipal em se debruçar sobre o tema junto às operadoras em busca de soluções. Uma cidade inteligente, tal qual se propõe Lajeado, precisa de conectividade plena e qualificada.

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