Começou nesta sexta-feira, 09, em Caxias do Sul, a primeira feira brasileira do grafeno. A abertura do evento contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro. A feira reúne empresas que já utilizam o grafeno na fabricação de produtos como ônibus, caminhões e máquinas agrícolas. O presidente visitou expositores e conheceu alguns destes protótipos.
O grafeno também é testado na fabricação de armas. Salesio Nuhs, diretor executivo da Taurus, fala sobre as vantagens do material.
“Se você falar em termos de peças de aço, você vai diminuir muito o peso, aumentar a resistência, a dissipação de calor, vai diminuir a probabilidade de corrosão. Tem muitas vantagens”, diz Nuhs.
O presidente disse que o grafeno oferece muitas possibilidades para o país.
“Não é fácil nós evoluirmos em ciência e tecnologia. Geralmente tem alguém na nossa frente . Agora, uma grande fresta apareceu. Um grande horizonte. Ao passar por aqui, vi na prática que é realmente algo fantástico para a nossa pátria”, diz o presidente.
O grafeno é derivado do grafite e é considerado o material mais leve e resistente do mundo. Por isso é aposta para o desenvolvimento de produtos inovadores na área da tecnologia, segurança, automobilismo, construção civil e até mesmo na medicina regenerativa.
“Quando ele é incorporado e misturado com outros materiais, ele empresta suas propriedades, fazendo com esses materiais adquiram propriedade que sozinhos não conseguiriam. Então temos produtos, mais leves, resistentes, com efeito lubrificante, efeito bactericida, mais flexíveis, entre tantas outras propriedades que o grafeno consegue conferir aos materiais”, explica o coordenador da UCSgraphene, Diego Piazza.
Os pesquisadores da Universidade de Caxias do Sul estudam o grafeno há 17 anos. O potencial de soluções inovadoras deste material fez com que o projeto para produção em escala industrial fosse selecionado pelo governo. A planta inaugurada ontem pelo presidente funciona há um ano e é a maior da América Latina, como enaltece o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes.
“Temos aqui uma universidade que produz conhecimento. Que transforma esse conhecimento em produtos. E é isso que precisamos no Brasil, transformar o conhecimento em nota fiscal, em empregos. E através de trabalhos de pesquisadore, s professores, empresários trabalhando juntos”, diz Pontes.
O presidente percorreu a feira acompanhado de ministros e políticos gaúchos. Hoje ele cumpre agenda em Porto Alegre.