Maneco Hassen de Jesus encerrou na quinta-feira, 8, a gestão a frente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). Em entrevista ao programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, avaliou o trabalho desenvolvido e falou sobre os novos projetos.
Mesmo diante do ano desafiador, garante que conseguiu vencer com diálogo, responsabilidade e promovendo a participação de todas as associações regionais. “Foi um grande aprendizado, adquiri experiência e amadureci.”
Com o debate regional sobre aumentar a representatividade do Vale na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa, Maneco diz que coloca o nome à disposição do Partido dos Trabalhadores (PT) para concorrer nas eleições do próximo ano como deputado. “Provável que não tenhamos mais candidatos. Temos dialogado muito de enviar uma pessoa só pelo partido para que consigamos trabalhar para representar o Vale”, diz.
Segundo ele, um representante na esfera estadual garantia auxílio também neste debate que ocorre com as praças de pedágios na concessão das rodovias. “Vamos construir isso de forma coletiva e a tendência que se consiga unidade pela primeira vez para a viabilização de uma boa companha e a eleição em seguida.”
Agora, Maneco passa a ocupar cargo na Confederação Nacional dos Municípios (CNM) onde deverá tratar temas como o aumento em 1% do repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e do parcelamento das dívidas previdenciárias. “Pandemia deixou claro que quando se está em crise quem precisa resolver são os municípios, por isso a necessidade de aumentar os repasses”, diz. A alteração garantiria R$ 5 bilhões a mais no país. “Estamos preocupados com os aumentos de responsabilidades aos municípios, sem devida contrapartida. Queremos ter mais responsabilidade, mais independência, mas para isso precisamos de recurso, Queremos um país mais Brasil e menos Brasília.”
A questão que envolve a previdência é mais difícil, pois a cada quatro anos é necessário fazer um novo parcelamento porque os municípios não cumprem e o Congresso não está com vontade de fazer o parcelamento aos municípios. “A CNM vai construir proposta e levar ao presidente da Câmara”, comenta.
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