A vacinação ocorre nesta sexta-feira, 9, apenas no posto de saúde do Centro e é exclusiva para segunda dose. Quem buscou ontem a primeira dose de vacina após as 12h50 teve o plano frustrado. O município distribuiu fichas a partir das 11h para distribuir as últimas doses restantes à primeira aplicação. Na quinta-feira, 8, o município vacinou 1.257 pessoas. Já na quarta-feira, 7, foram 1.293 doses aplicadas, o recorde de vacinação em um único dia.
Conforme o secretário municipal de Saúde, Cláudio Klein, o aumento da população proporcionado pela ampliação da faixa etária e a preferência pelos laboratórios pelo público motivam o aumento da procura. “A gente nota que há uma simpatia das pessoas pela vacina da Pfizer e pela Janssen”, diz.
Outra razão para a demanda por vacinas é que a faixa etária alcançada não teve chance de receber doses pelos grupos prioritários. A idade como o principal critério de vacinação também facilita o avanço da campanha.
Imunidade coletiva
Klein estima que o município está próximo de alcançar 60% das pessoas acima de 18 anos vacinadas. O resultado faz com que, somado às pessoas imunizadas por terem contraído a doença e se curado, a imunidade coletiva esteja próxima.
“Nós estamos em um aumento da circulação de pessoas e, ao mesmo tempo, não há aumento do número de casos. Ou tem um motivo do ciclo do vírus, que ainda não foi descoberto. Ou, o que é mais provável, tem um número próximo dos 75% de imunizados”, avalia.
O aumento da imunidade da população, porém, não pode significar uma liberação desenfreada das atividades. “Como eu posso permitir todas as programações com a segurança que não teremos mais surto? Não temos resposta. A ideia é uma liberação pontual”, pondera Klein.
Secretário rebate dados do Estado
De acordo com os números do Vacinômetro, do governo estadual, Lajeado é o município com menos doses aplicadas, em relação às doses recebidas no Vale do Taquari. O município teria vacinado 73,7% das doses recebidas. O secretário da Saúde, porém, acredita que o ranking não demonstra a realidade.
Para Klein, o problema está na tabulação dos dados. Há uma diferença entre os números divulgados pelo governo estadual e a realidade. O que explica a diferença é a sobrecarga das equipes vacinadoras. Os mesmos agentes de saúde responsáveis pela aplicação das doses são responsáveis pela divulgação dos números.
“Temos cerca de 7 mil doses para colocar no sistema. Nós zeramos o estoque. Nós não temos nada de dose sobrando. O que há uma discrepância da colocação dos números”, explica.
Ontem, o número de casos ativos estava em 112. Em um momento crítico da pandemia, o índice ultrapassou mil casos em Lajeado.