Pesquisa de Endividamento e Inadimplência da Fecomércio-RS (Peic-RS) mostra que percentual de famílias endividadas é de 78,6%. Maior percentual desde maio de 2011, quando houve registro de 80,4%. O percentual de famílias com contas em atraso atingiu 20,8%, enquanto em junho do ano passado era de 27,8%.
Os dados mostram também que 5% não terão condições de quitar os compromissos dentro dos próximos 30 dias, o menor percentual desde 2018. A economista-chefe da Fercomércio, Patrícia Palermo, ressalta que as pessoas fazem mais a utilização do crédito no dia a dia. “Elas estão conseguindo pagar o crédito tomado e melhorar o planejamento.”
O percentual de famílias que não conseguirão pagar as dívidas em atraso é considerado baixo. “O mais interessante é que número vem em redução há bastante tempo. A última vez que tivemos um aumento de famílias endividada foi em julho do ano passado com 14,4%”, diz. Os indicadores mostram que não houve fenômeno de inadimplência apesar da enorme crise enfrentada desde 2020.
É constatável que as pessoas estão controlando mais as dívidas. “Quando você entende que ter a acesso a crédito é fundamental para você continuar consumindo, você coloca a dívida em status de prioridade que antes não acontecia”, explica Patrícia.
O cenário econômico do país sofre também com a inflação que reflete em todos os segmentos. O auxílio emergencial é uma forma de amenizar o problema, mas não soluciona porque os problemas seguem lá. “Isso só torna a situação ruim, menos ruim. A melhor situação é dando as pessoas a capacidade de trabalho.”
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