“Eu levo a minha alegria para a casa das crianças”

Abre aspas

“Eu levo a minha alegria para a casa das crianças”

Anderson Zimmermann, 37, trabalha com animação de festas faz onze anos. Natural de Teutônia, começou a atuar com recreação como um extra. Em Lajeado, é conhecido como “Tio Batata”. Com as restrições da pandemia, investe em um curso de cabeleireiro para cortes infantis

“Eu levo a minha alegria para a casa das crianças”
(Foto: Arquivo pessoal)
Vale do Taquari

Como surgiu a ideia do curso de cabeleireiro? 
A ideia veio depois da pandemia, porque eu trabalho com aglomeração. Eu trabalho há 10 anos com animação. Eu tenho uma vasta experiência em animação, faço personagens. Agora, faço curso de corte de cabelo porque eu quero fazer cortes para crianças. Estou aprendendo, quase terminando o curso. Eu estou plantando agora, para colher mais tarde.

Mas é uma mudança drástica de ramo de trabalho…
Eu vou cortar cabelo fantasiado. A criança escolhe o personagem. Se ela gosta do Batman ou do Incrível Hulk. Aqui na cidade, já tem corte de cabelo para crianças, mas não tem esse espaço lúdico. Eu trabalho numa loja de brinquedos, a Trem Bala, faço vídeos no Tiktok, movimento as redes sociais. Eu vendo os produtos de forma informal. E agora, vamos começar a cortar o cabelo de crianças, na loja mesmo.

Quando você começou a trabalhar com recreação?
Começou da falta de dinheiro. Eu queria ter uma renda a mais. Eu comecei a trabalhar no fim de semana. Eu gostei tanto que eu ganhava mais nos finais de semana do que meu trabalho em uma vidraçaria. Era meu extra e virou meu trabalho principal. Tomei gosto pela coisa. Hoje, a maioria das crianças de Lajeado me conhecem, eu sou o “Tio Batata”.

Quais tipos de recreação você faz?
Em eventos fora, eu faço perna de pau, em inauguração de lojas, coisas assim. Faço recreação em casas particulares, trago tarefas para eles, trago animação para festa. Mais um atrativo, para não ficar só no parabéns e acabar a festa. Eu levo a minha alegria para a casa das crianças. Eu levo uma recreação na casa das pessoas.

Como é o mercado da animação de festas?
Fim do ano é o que mais me retorna financeiramente. Com a pandemia, parou um pouco. Não sei como vai voltar. Eu estou pegando novos nichos no negócio. Já que eu sou conhecido, trabalho numa loja de brinquedos. Não é só vender um brinquedo, é proporcionar um sonho para criança, ver os brinquedos com outros olhos.

E durante a pandemia, como ficaram essas atividades?
Eu sou de Teutônia, se não melhorar daqui uns dois ou três meses, eu não tenho condições de ficar em Lajeado. Eu fiquei muito tempo parado na pandemia. Ainda bem que meus amigos me ajudaram um pouco. Eu trabalho com crianças e faz dois anos que eu não vejo minha filha porque ela mora em Tocantins. Eu tenho que levar a felicidade para as pessoas e a minha felicidade, às vezes, eu não tenho.

Como é para você levar alegria quando não está alegre?
Todo mundo tem dias em que acorda de manhã e não está bem. Está com dor de barriga ou com dor de cabeça. Mas o público é uma motivação para eu estar feliz, porque eu faço outra pessoa feliz. É a minha motivação, a minha inspiração. Por isso eu trabalho com isso.

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