O que prevê o plano de concessão para Arroio do Meio

Concessão das rodovias

O que prevê o plano de concessão para Arroio do Meio

Estado detalha obras na ERS-130 e prevê mais necessidade de melhorias no trecho urbano de Arroio do Meio, com construção de quatro novas pontes, adaptação do trevo principal, junto com instalação de retornos para vias paralelas

O que prevê o plano de concessão para Arroio do Meio
Fluxo diário no trevo de Arroio do Meio alcança cerca de 30 mil veículos (Foto: Renata Lohmann)
Vale do Taquari

O emaranhado de acessos secundários, associado ao alto fluxo em uma pista simples, estão no centro das reclamações de condutores que transitam pela ERS-130. Dos pontos mais problemáticos da rodovia no trecho do Vale do Taquari, o perímetro urbano de Arroio do Meio concentra a maior parte de erros de planejamento viário.

Com uma média diária de 30 mil veículos que passam pelo trevo do município, os engarrafamentos e a lentidão interferem sobre as condições econômicas, ressalta o presidente da Associação Comercial e Industrial de Arroio do Meio (Acisam), Adaílton Cé.
“Não há espaço para ampliar as produções. Temos indústrias importantes às margens da 130 e os problemas na rodovia impedem o desenvolvimento econômico do município.”

Pela apresentação do Estado quanto ao plano de concessões, Cé defende uma solução para os problemas logísticos da ERS-130. “O trecho de Arroio do Meio deve ser prioridade. Tem que ser feito antes das demais obras.”

Na reunião entre o secretário estadual de Parcerias, Leonardo Busatto, com representantes do Vale do Taquari, foi dito que a duplicação da 130 seria feito no décimo ano da concessão. Frente a repercussão negativa do cronograma, o Estado admitiu rever o prazo e estabelecer as obras na rodovia nos primeiros anos do novo sistema de pedágios.

Pela previsão do Estado, nas próximas três décadas, só em Arroio do Meio o investimento com o dinheiro dos pedágios chegaria em R$ 181 milhões. Deste total, cerca de R$ 49 milhões seriam destinados para a construção de uma nova pista em 18 quilômetros da ERS-130.

A concessões das estradas gaúchas faz parte do Avançar RS. São mais de 1,1 mil quilômetros, com expectativa de aplicar R$ 10,4 bilhões. As rodovias do Vale (ERSs 129, 130 e 453) aparecem no lote 2 junto com estradas de Passo Fundo, Carazinho até Santa Cruz do Sul. Nestes trechos, a previsão é investir R$ 3,9 bilhões.

Estudo na gaveta

A previsão de obras na ERS-130 em Arroio do Meio faz parte de um projeto maior que contempla ainda a ERS-129 e RSC-453. São mais de 70 quilômetros de estradas entre Muçum e Venâncio Aires que devem ter pontos com maior congestionamento melhorados.

Faz oito anos que entidades regionais, como a Câmara da Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC-VT) e os governos municipais de sete cidades, se mobilizam por melhorias na rodovia. Em 2014, foram investidos mais de R$ 160 mil em estudos ambientais, técnicos e executivos para traçar as carências da ERS-130.

“Entregamos todo esse material ao governo do Estado. Passaram duas gestões e não vemos nossos apontamentos contemplados”, frisa Cé. Segundo o presidente da Acisam, apesar do detalhamento das obras apresentado pelo Estado, as melhorias no trecho de Arroio do Meio são complexas e precisam de uma análise mais aprofundada por parte dos líderes regionais.

Para o empresário, presidente da Girando Sol, Gilmar Bourscheid, frente a inviabilidade do poder público, o pedágio se torna a forma de garantir melhorias. Para tanto, é preciso haver equilíbrio entre o custo da tarifa e o plano de investimentos. “Precisamos eliminar os gargalos na 130. Com melhorias nos acessos, nas rótulas e com a duplicação”, destaca.

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