O que te levou para o mundo da música?
Sempre gostei de música. Comecei aos 10 anos a estudar música com aulas de teclado, depois violão e canto. Aos 14 comecei a cantar no Coral Municipal de Teutônia. Aos 18 anos cantava em cinco corais. Participei do grupo de música da comunidade local, tocava em banda de rock também.
Aos 18 anos ingressei na faculdade de música. Sabia que através da universidade eu teria maiores possibilidades na música.
Quais os desafios de ensinar música nos dias atuais?
Para ser professor de música, primeiramente tem que gostar de ensinar, ter paciência e muita responsabilidade. Trazer os conteúdos para a sala de aula através de jogos e brincadeiras é uma estratégia que geralmente dá certo. Ser dinâmico também é algo que facilita muito o andamento do trabalho. Pois você pode lecionar para bebês de 1 ano pela manhã e ensaiar com uma orquestra a noite.
Qual o papel do regente e o que ser um regente significa pra ti?
O papel do regente é fundamental para que um grupo tenha êxito em suas apresentações. O regente precisa ser dinâmico, acessível para sugestões e ao mesmo tempo precisa tomar importantes a cerca do repertório e definir estratégias e como irá conduzir os ensaios e apresentações da maneira mais prática e objetiva.
Ser regente pra mim significa responsabilidade. Você precisa ser exemplo para seus músicos, transmitir tranquilidade e dar confiança ao seu grupo.
Qual o sentimento de ver grandes talentos surgindo a partir dos teus ensinamentos?
Sinto um orgulho enorme de ver o resultado de muitos anos de estudo e dedicação. Mas sempre digo que, se o grupo obteve êxito em alguma apresentação o mérito é todo deles. Agora, se a apresentação não foi tão boa, é responsabilidade do maestro. Cabe ao maestro dar as condições ao grupo ter sucesso.
Você também é regente da orquestra Arroio do Meio. Como está essa retomada dos ensaios, após ficarem um tempo parado em função da pandemia?
Com a orquestra de Arroio do Meio durante a pandemia, realizamos alguns encontros virtuais. Além de oferecer kits de ensaio, onde os músicos recebiam áudios e partituras para estudar em casa. Além disso gravamos um vídeo em mosaico. Nosso retorno presencial foi neste mês de junho. Voltamos com o grupo dividido em 4 pequenos grupos. A cada quarta feira dois grupos ensaiam. Assim não temos aglomeração e seguimos todos protocolos. A retomada está sendo bastante desafiadora. Pois ficamos 5 meses sem tocar. Precisamos voltar a rotina de estudos e ensaios para retomar boa parte do repertório.